O carnaval é considerado uma das "festas populares" mais celebradas no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
Por que as Testemunhas de Jeová não comemoram aniversário?
A Sociedade Torre de Vigia proibiu a celebração de aniversários entre seus membros, usando como "base bíblica" as passagens abaixo:
"Ao terceiro dia, o dia natalício de Faraó, que este deu um banquete a todos os seus servos. ...Mas ao padeiro-mor enforcou..." (Gênesis 40:20-22)
"Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes... e mandou degolar a João no cárcere." (Mateus 14:6-10)
"Ao terceiro dia, o dia natalício de Faraó, que este deu um banquete a todos os seus servos. ...Mas ao padeiro-mor enforcou..." (Gênesis 40:20-22)
"Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes... e mandou degolar a João no cárcere." (Mateus 14:6-10)
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Céu e Inferno! Purgatório?
“Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? “ Rm 11.34
A Bíblia é um Livro que nasceu no coração de Deus, ditada a homens puros pelo Espírito Santo e contém uma mensagem de cunho totalmente espiritual, direcionada a um povo em especial, eleito, escolhido pelo próprio Deus para viverem uma realidade diferenciada dos demais povos.
Os ensinamentos dados pelo Espírito Santo, jamais devem serem questionados. São na verdade para serem cumpridos no dia-a-dia. Infelizmente, no decorrer dos milênios, muitos homens criaram teses e ou teorias teológicas que deturparam a palavra santa, incluindo ensinamentos falsos e danosos. A existência do Purgatório é um bom exemplo.
A Bíblia é um Livro que nasceu no coração de Deus, ditada a homens puros pelo Espírito Santo e contém uma mensagem de cunho totalmente espiritual, direcionada a um povo em especial, eleito, escolhido pelo próprio Deus para viverem uma realidade diferenciada dos demais povos.
Os ensinamentos dados pelo Espírito Santo, jamais devem serem questionados. São na verdade para serem cumpridos no dia-a-dia. Infelizmente, no decorrer dos milênios, muitos homens criaram teses e ou teorias teológicas que deturparam a palavra santa, incluindo ensinamentos falsos e danosos. A existência do Purgatório é um bom exemplo.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
A Existência de Deus e o Início do Universo
Neste artigo, o filósofo cristão Dr. William Lane Craig apresenta uma versão do argumento cosmológico em favor da existência de Deus. Com base em dois argumentos filosóficos e duas confirmações científicas ele demonstra que é plausível que o universo teve um começo. Como tudo o que começa a existir tem uma causa, deve haver uma causa transcendente para o universo.
Dr. William Lane Craig possui doutorados pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e pela Universidade de Munique, na Alemanha.
Dr. William Lane Craig possui doutorados pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e pela Universidade de Munique, na Alemanha.
Hallelujah – Pentatonix
Pentatonix é um grupo estadunidense a cappella composto por cinco vocalistas: Scott Hoying, Kirstin "Kirstie" Maldonado, Mitchell "Mitch" Grassi, Avriel "Avi" Kaplan e Kevin "KO" Olusola, formado na cidade de Arlington, Texas. O grupo venceu a terceira temporada do programa The Sing-Off, da rede de televisão norte-americana NBC em 2011, cantando um arranjo a cappella da canção "Eye of the Tiger", originalmente gravada pela banda de rock Survivor como sua canção da vitória. O grupo ganhou US$200.000 e um contrato de gravação com a Sony. Seu EP de estréia saiu em 2012, PTX Vol. 1, alcançou o 14º lugar na Billboard 200, e sua versão de 2013, PTX Vol. 2, estreou em 10º lugar na Billboard 200. Eles já venderam mais de 500.000 cópias.
Seu albúm que estreou em 2015 'Pentatonix' chegou a alcançar o 1º lugar na Billboard 200. Seu albúm mais recente 'A Pentatonix Christmas' lançado em 21 de Outubro de 2016, estreou em 3º lugar na Billboard 200.
Seu albúm que estreou em 2015 'Pentatonix' chegou a alcançar o 1º lugar na Billboard 200. Seu albúm mais recente 'A Pentatonix Christmas' lançado em 21 de Outubro de 2016, estreou em 3º lugar na Billboard 200.
Como um livro como Cântico dos Cânticos pode fazer parte da Bíblia?
Não se pode negar que Cântico dos Cânticos (ou Cantares de Salomão, como também é chamado) é um livro muito diferente do resto da Bíblia. Seu tema não é doutrina, mas sentimento íntimo — o mais excitante e elevado de todos, o amor. O amor é o que une duas almas, constituindo uma unidade maior, numa sociedade orgânica que reage ao amor de Deus pelos seus filhos e ao de Cristo pela sua esposa escolhida, a Igreja. A importância de Cântico dos Cânticos é que se trata de um livro a respeito do amor, de modo especial o existente entre marido e mulher, como paradigma do que há entre o Salvador e seu povo redimido.
domingo, 19 de fevereiro de 2017
As pirâmides do Egito antigo
As pirâmides do Egito são estruturas surpreendentes e fascinam as pessoas hoje em dia. Existem cerca de 100 no total, algumas apenas simbólicas e pequenas. Mas existem 17 grandes pirâmides, e o tamanho e a composição destas impressionam as mentes daqueles que as visitam.
O que é o dom de discernir espíritos?
O dom de discernir espíritos, ou de "discernimento" de espíritos, é um dos dons do Espírito Santo descrito em 1 Coríntios 12:4-11. Como todos esses dons, o dom de discernir espíritos é dado pelo Espírito Santo, o qual os dispersa para que os crentes possam servir no corpo de Cristo. Cada crente tem uma capacitação espiritual para um serviço específico, mas não há espaço para a autoescolha. O Espírito distribui os dons espirituais de acordo com a soberania de Deus e de acordo com o seu plano para a edificação do corpo de Cristo. Ele dá esses dons "como lhe apraz" (1 Coríntios 12:11).
Salomão, o incrível
Salomão é o mais extravagante de todos os personagens das Escrituras Sagradas. Pode ser chamado, sem erro, de polivalente, superdotado e exagerado. Viveu mil anos antes de Cristo. Era filho de Davi e “da que fora mulher de Urias” (Mt 1.6). Foi educado pelo profeta Natã (2 Sm 12.24-25). Assentou-se no trono de Israel por decisão do próprio pai (1 Rs 1.28-31). Foi uma expressão da misericórdia divina, uma vez que descendeu exatamente da mulher com a qual Davi adulterou. Seu nome está na árvore genealógica de Jesus Cristo, pois “onde aumentou o pecado, a graça de Deus aumentou muito mais ainda” (Rm 5.20, BLH). Salomão foi um fenômeno quanto à capacidade e à diversidade de trabalho.
sábado, 18 de fevereiro de 2017
A Psicologia e a Igreja Evangélica
Na história da igreja evangélica, nada tem induzido os crentes ao abandono da fé na suficiência da Palavra de Deus mais do que a pseudociência do aconselhamento psicológico.
Considerem o seguinte: a igreja evangélica é um serviço mais que tudo de referência no aconselhamento por psicólogos e psiquiatras. Muitas grandes igrejas possuem psicólogos licenciados em seu quadro de funcionários. As agências missionárias estão exigindo que os seus candidatos a missionários sejam avaliados e aprovados por psicólogos profissionais licenciados, antes de serem admitidos ao serviço. Psicólogos e conselheiros cristãos tornam-se sempre mais conhecidos e respeitados pelos evangélicos do que os pregadores e professores. Quem já não ouviu falar do psicólogo Dr. James Dobson?
Considerem o seguinte: a igreja evangélica é um serviço mais que tudo de referência no aconselhamento por psicólogos e psiquiatras. Muitas grandes igrejas possuem psicólogos licenciados em seu quadro de funcionários. As agências missionárias estão exigindo que os seus candidatos a missionários sejam avaliados e aprovados por psicólogos profissionais licenciados, antes de serem admitidos ao serviço. Psicólogos e conselheiros cristãos tornam-se sempre mais conhecidos e respeitados pelos evangélicos do que os pregadores e professores. Quem já não ouviu falar do psicólogo Dr. James Dobson?
O homem nunca pisou na Lua?
Há quem afirme de pés juntos que a conquista do nosso satélite foi mais uma farsa do governo americano - e dirigida por ninguém menos que o cineasta Stanley Kubrick
Esqueça tudo o que lhe ensinaram na escola: o homem nunca pisou na Lua. A célebre imagem da nave americana pousando em nosso satélite no dia 20 de julho de 1969, o passo em câmera lenta de Neil Armstrong, a bandeira do Tio Sam fincada no solo lunar… Tudo isso foi encenado em um estúdio de TV no Estado de Nevada, nos Estados Unidos. Para ganhar contornos ainda mais espetaculares, as filmagens foram dirigidas por ninguém menos que o cineasta Stanley Kubrick.
Esqueça tudo o que lhe ensinaram na escola: o homem nunca pisou na Lua. A célebre imagem da nave americana pousando em nosso satélite no dia 20 de julho de 1969, o passo em câmera lenta de Neil Armstrong, a bandeira do Tio Sam fincada no solo lunar… Tudo isso foi encenado em um estúdio de TV no Estado de Nevada, nos Estados Unidos. Para ganhar contornos ainda mais espetaculares, as filmagens foram dirigidas por ninguém menos que o cineasta Stanley Kubrick.
O dom de línguas hoje
O grande número de igrejas e doutrinas diferentes que caracterizam nosso tempo tem trazido as mais diversas dúvidas aos membros das igrejas históricas. Um desses dilemas é o “dom de línguas”. É muito divulgada, no meio evangélico, a ideia de que o crente espiritual deve falar em línguas para que cresça em comunhão com Deus, ou como resultado natural de um profundo conhecimento e experiência com ele.
O resultado é que crentes sinceros passam a se preocupar com sua saúde espiritual e com a comunhão da sua denominação com Deus ao verem outras denominações repletas de prodígios, revelações e línguas. As próprias denominações históricas ficam, na mente de muitos, relegadas a um plano de superficialidade espiritual, rotuladas de “igrejas frias”.
Nossa intenção é averiguar o que e Bíblia realmente ensina sobre o dom de línguas e comparar com as práticas e ensinos modernos a fim de nos posicionarmos diante desse dilema e seguirmos o ensino de Deus por intermédio dos apóstolos e profetas.
O que é o dom de línguas?
A Bíblia expõe o dom de línguas como uma capacitação sobrenatural que permitia que algumas pessoas falassem das grandezas de Deus em outro idioma sem que nunca o tivessem aprendido. O dom de línguas descrito na Bíblia não era fruto de exercícios ou de aprendizado, mas um “dom”, algo dado por Deus. Outra característica marcante desse dom é que ele não estava ao alcance de todos. Todo cristão recebia, e ainda recebe, algum dom do Espírito Santo. Porém, o dom não era escolhido pelas pessoas, mas dado pela vontade de Deus para a edificação do corpo de Cristo (1Co 12.28-30; 1Pe 4.10,11).
Além de cada crente possuir um dom distinto, em todas as relações de dons espirituais da Bíblia, o dom de línguas sempre aparece nos últimos lugares, a não ser em 1Coríntios 13, onde Paulo discorre sobre a inutilidade dos dons sem a presença do amor. O fato é que o dom de línguas ocupava uma posição secundária no plano de edificar a igreja. Tinha como principal objetivo ser um sinal aos incrédulos e não aos crentes. Apontava para o juízo de Deus que recairia sobre Israel por ter rejeitado o Senhor Jesus (1Co 14:21-22 cf. Dt 28:45-46,49).
As línguas pronunciadas por aqueles que possuíam o referido dom eram de natureza terrena. No Novo testamento, duas palavras são usadas para se referir a línguas: Glossa e Dialéktos. A primeira significa “idiomas”, ou língua (órgão anatômico). A segunda significa “idioma” ou “dialeto”. Esses sentidos apontam para línguas terrenas, idiomas utilizados ao redor do mundo.
Apesar da clareza dos termos, parte da confusão sobre o dom de línguas no Brasil se deve à tradução da versão “Almeida Revista e Corrigida”. Ela traduz a palavra glóssais (línguas) em 1Co 14.5,6,23, com a expressão “línguas estranhas”. Isso deu margem ao entendimento equivocado de que as línguas fossem estranhas à raça humana, justificando a produção de sons e sílabas sem qualquer sentido ou a crença de se tratar de um idioma exclusivo dos anjos. Essa certamente não era a intenção dos tradutores da versão Almeida, pois resolveram este mal-entendido na versão “Almeida Revista e Atualizada”, com a expressão “outras línguas”.
A afirmação de que as línguas faladas pelos discípulos eram “línguas de anjos” não é verdadeira. Paulo combate os desvios e maus usos do dom de línguas em 1Coríntios 14 normatizando sua utilização, cortando os excessos cometidos na igreja e proibindo algumas pessoas de exercê-lo no culto público. A preparação para esse tratamento começa no capítulo anterior: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (1 Co 13.1). Paulo comparou as pessoas que falavam em outras línguas, mas que não amavam seus irmãos, a sinos ou gongos metálicos cuja única função era fazer barulho quando golpeados. Eram homens e mulheres que não desenvolviam sua habilidade sobrenatural para o bem dos outros, nem para o crescimento do corpo de Cristo, mas para exibição pessoal e para serem admirados e invejados.
O apóstolo estava tão preocupado com a situação que, ao mostrar a necessidade do amor, utilizou uma figura de linguagem chamada hipérbole. A hipérbole consiste no exagero de uma expressão a fim de realçar uma idéia ou demonstrar a forte intensidade de um sentimento. Os três primeiros versículos do capítulo 13 são expostos sob esse prisma. No v. 1 Paulo diz que falar “muitas” línguas sem amor é algo inútil e sem propósito. Ele estende o raciocínio e afirma que o mesmo se daria se alguém falasse até mesmo a linguagem dos anjos. Devemos notar que não há relatos na Bíblia de uma língua específica de anjos, pois em todas as vezes que os anjos falaram com os homens, o fizeram em idiomas humanos. Paulo falou sobre “língua dos anjos” em 1Co 13.1 para ressaltar, por meio de uma hipérbole, que não importava o quanto os irmãos de Corinto se impressionavam com esse dom – o amor era maior e necessário.
Portanto, quando a Bíblia fala sobre o dom de línguas ela se refere a uma “capacitação exterior ao homem que o habilita a falar da glória de Deus em outro idioma humano não conhecido para aquele que fala.”
O dom de línguas é sinal de espiritualidade?
Dois livros bíblicos que tratam sobre o dom de línguas são Atos e 1Coríntios. Atos não é um livro fundamentalmente normativo ou doutrinário. É uma obra histórica que narra corretamente os primeiros anos da Igreja cristã. Por sua vez, 1Coríntios é um livro doutrinário que traça normas claras de conduta visando ao desenvolvimento da igreja. Apesar da diferença de enfoque, ambos os livros apontam para a mesma realidade a respeito das línguas.
É possível notar no livro de Atos que o dom de línguas não era sinal de maturidade espiritual. Apesar de sua primeira aparição ter-se dado em 120 “discípulos de Cristo” (At 2), em outras ocasiões se deu em recém-convertidos (At 10.44-46; 19.6,7). Em resumo, o livro de Atos olha para o dom de línguas de uma maneira positiva. Ele é a demonstração da vinda do Espírito Santo sobre a Igreja como Jesus prometeu (At 1.8 cf. Jo 14.16; 15.26; 16.7) e da habitação do Espírito Santo em cada crente a partir da sua conversão (At 2.38 cf. Ef 1.13,14).
Em 1Coríntios, o apóstolo Paulo trata do dom utilizado por crentes que, tendo condições de serem espirituais, comportavam-se ainda como carnais e mundanos (1Co 3.1,2). A igreja de Corinto, apesar de ser rica em dons, não era uma igreja espiritual.
Mais uma característica do ensino de 1Coríntios é que em parte alguma Paulo ensina que “todos” os crentes deviam falar em línguas. Em lugar disso ele afirma que cada crente recebe um dom dado segundo a vontade de Deus (1Co 12.11) para a edificação da igreja. O fato de Paulo associar a falta de amor ao dom de línguas dentro da igreja de Corinto (1Co 13.1; 14.1) demonstra que alguns tinham dons desejados pela maioria – como falar em línguas – e outros não, sendo esse o motivo da soberba dos que falavam e dos ciúmes dos que não falavam (1Co 13.4 – “... o amor arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece.”). Além disso, Paulo afirma expressamente que nem todos possuíam o dom de línguas (1Co 12.28-30).
Devido à inutilidade do dom de línguas sem que houvesse interpretação (1Co 14.9,16-19) e dos danos que podia causar ao Evangelho entre os visitantes (1Co 14.23-25), Paulo também deu normas e proibições para o uso do dom de línguas no culto público. Assim, não poderiam falar no culto todas as pessoas que tinham o dom de línguas, mas apenas duas ou, “no máximo”, três, no momento adequado e não ao mesmo tempo. Se ao falar não houvesse ninguém na igreja que pudesse entender o idioma e traduzir para o restante da igreja, quem estava falando deveria se calar. Paulo diz que se não houvesse interpretação ninguém seria edificado (1Co 14.27,28).
Quando o dom de línguas era exercido segundo essas regras, ele não podia ser proibido (1Co 14.39,40). Paulo também afirma que a espiritualidade dos crentes que falavam em outras línguas poderia ser avaliada não pelo fato de falarem, mas pelo fato de se submeterem a tais orientações (1Co 14.37,38).
Há diferenças entre as línguas de hoje em relação às dos do ‘Novo Testamento’?
Atualmente, o que se conhece por dom de línguas guarda diferenças marcantes entre o dom descrito e normatizado nas páginas no Novo Testamento. Quando olhamos para o fenômeno das línguas na igreja moderna, percebemos que ele difere diametralmente do dom na igreja primitiva. Algumas características das línguas da atualidade são:
De onde vieram os conceitos atuais sobre o dom de línguas?
Uma análise histórica entre os séculos I2 e 19 mostra que os teólogos de maior expressão, tanto da antiguidade como da reforma protestante, não exerciam nem ensinaram a prática do dom de línguas. Durante todo esse tempo, a maioria dos casos em que esporadicamente se ouve falar sobre o dom de línguas é entre grupos como montanistas, jansenistas (católicos pietistas), quacres, shakers e mórmons.
Entretanto, o início marcante do dom de línguas da atualidade veio por intermédio do movimento conhecido como “Avivamento da Rua Azusa”, fundado em 1906 por William J. Seymour. Ele se inspirou em Charles Fox Parham, pioneiro da idéia de que o sinal específico do batismo do Espírito Santo é “falar em línguas”.
A análise bíblica e histórica do dom de línguas e a presença de inúmeras contradições e diferenças entre o uso atual das línguas e o uso na igreja primitiva levam-nos à conclusão de que o dom de línguas atual não é, de modo algum, a mesma experiência que a igreja apresentou no primeiro século. As normas paulinas são o divisor de águas entre as línguas do passado e as de hoje.
Qual foi o propósito do dom no ‘Novo Testamento’?
A constatação da descontinuidade do dom de línguas descrito no Novo Testamento em relação à experiência atual levanta algumas perguntas. Uma delas é: “Se o dom de línguas da igreja primitiva não servia aos propósitos difundidos na atualidade, qual era sua real função?”.
Em 1Coríntios 14, Paulo não apenas proibiu o uso indevido do dom de línguas e o graduou como secundário na edificação da igreja. Paulo também revelou o propósito “principal” das línguas: servir como um “sinal” de Deus para os incrédulos (1Co 14.22).
Deuteronômio 28 contém dois tipos de promessa de Deus aos judeus. O primeiro é a promessa de bênçãos pela obediência dos judeus ao Senhor (Dt 28.1-14). O segundo é a promessa de castigo pela desobediência (Dt 28.15-68). Em meio à lista de castigos prometidos ao povo judeu caso “não dessem ouvidos à voz do Senhor”, um deles fica em destaque: “O SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra virá, como o vôo impetuoso da águia, nação cuja língua não entenderás; nação feroz de rosto, que não respeitará ao velho, nem se apiedará do moço. Ela comerá o fruto dos teus animais e o fruto da tua terra, até que sejas destruído; e não te deixará cereal, mosto, nem azeite, nem as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas, até que te haja consumido. Sitiar-te-á em todas as tuas cidades, até que venham a cair, em toda a tua terra, os altos e fortes muros em que confiavas; e te sitiará em todas as tuas cidades, em toda a terra que o SENHOR, teu Deus, te deu. Comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o SENHOR, teu Deus, na angústia e no aperto com que os teus inimigos te apertarão” (Dt 28.49-53).
Essa é a promessa de um grande castigo de Deus pela desobediência de Israel usando como instrumento de castigo uma nação poderosa. Essa nação seria estrangeira, pois falaria uma língua não seria entendida pelos israelitas. Esse povo, por fim, traria grande destruição e mortandade a Israel. Pouco antes de decretar tal punição, o Senhor revelou que esses eventos seriam um “sinal” para os israelitas de que eles estavam sob a mão punitiva de Deus (Dt 28.46,47). Essa promessa se cumpriu algumas vezes de maneira clara e arrebatadora. Três datas notáveis desse cumprimento foram 722 a.C., 587 a.C. e 70 A.D.
Em 722 a.C., quando Israel estava divido em dois reinos – o reino do norte (Israel) com suas dez tribos, e o reino do sul (Judá) formado pelas tribos de Judá e Benjamim – o reino do norte foi devastado pelos assírios e o povo foi levado cativo para a Assíria, onde foi miscigenado com outros povos (2Re 17.5,6,22,23). Em 587 a.C., o mesmo aconteceu ao reino do sul (Judá). Jerusalém, capital de Judá, foi destruída junto com o Templo que Salomão havia construído para o culto a Deus. Os habitantes foram exilados na Babilônia até o ano 539 a.C. (2Re 25.8,9).
Prevendo esse tipo de punição, o Senhor enviou profetas para alertar o povo dos seus pecados, conclamá-los ao arrependimento e anunciar o juízo caso não mudassem seu modo de agir. Entre esses alertas dois deles chamam a atenção para si:
a) Isaías pregou arrependimento ao povo garantindo que Deus os perdoaria e purificaria. Contudo, alertou que a obstinação deles os tornaria alvo de “espada” (Is 1.16-20). Infelizmente, o povo não deu ouvidos à voz do Senhor. Isaías, então, profetizou a punição de Deus e disse que nem mesmo o castigo e o sinal de uma “língua estranha” seriam capazes de produzir arrependimento na nação de Israel (Is 28.11,12 cf. v.1).
b) Deus falou à nação de Judá, por meio de Jeremias, convidando-a ao arrependimento e à purificação (Jr 3.14,15). A exemplo de Israel, Judá também não deu ouvidos à voz do Senhor. Portanto, Deus usou a Babilônia, sob o comando de Nabucodonosor, para castigar Judá. Nesse caso, o “sinal” do juízo de Deus também foi dado por meio de um povo destruidor, cuja língua eles não entendiam (Jr 5.12-17).
Nos dias no Novo Testamento também houve uma grande destruição em Jerusalém (70 A.D.) e em todo o país. Os acontecimentos da guerra entre os judeus e os romanos (66–70 A.D.) não foram narrados nas Escrituras, mas a História não os deixou passar em branco. O historiador Flávio Josefo conta que Vespasiano derrotou e devastou toda a Galiléia, Peréia e Iduméia e partiu em direção a Jerusalém. Nessa época, a cidade estava tomada e dividida por três partidos de judeus que se destruíam mutuamente. Crimes, roubos e assassinatos aconteciam à luz do dia. Qualquer um que tentasse fugir de Jerusalém era morto. Essa guerra civil custou o próprio mantimento de trigo que serviria para sustentar anos de cerco. A fome e o roubo de mantimentos pelos rebeldes em Jerusalém chegaram a níveis insuportáveis.
Quando Vespasiano foi feito imperador, seu filho Tito assumiu o comando do exército romano e sitiou Jerusalém. Em quinze dias tomou o primeiro muro e em mais nove, o segundo. Restando apenas a terceira muralha e o muro do Templo, Tito ofereceu, em vão, a paz aos judeus. Como não houve rendição, depois de quatro meses de cerco o Templo foi invadido e, mesmo contra as ordens de Tito, foi queimado e destruído. Quinze dias depois Jerusalém estava completamente destruída e quem passasse por ali teria dificuldades em acreditar que ali fora um centro populoso. Os números da guerra, não levando em conta o quase meio milhão de judeus mortos em todo o território palestino e egípcio, foram: 97 mil prisioneiros e 1,1 milhão mortos em Jerusalém por crimes, fome, peste e guerra.
O motivo de tamanha destruição foi o mesmo de 722 a.C. e 587 a.C: desobediência às ordens de Deus. Quatro décadas antes Jesus pregou entre os judeus e se apresentou como Deus e Salvador. Ele transmitiu à nação as palavras e promessas de Deus a respeito da redenção mediante o arrependimento e a fé no Filho (Jo 10.24-26,30; 14.6). O livro de Hebreus diz que Jesus falou aos homens do seu tempo assim como Deus falou com os antigos por meio dos profetas (Hb 1.1,2).
Infelizmente, a reação dos judeus a tais palavras não foi fé e obediência, mas rejeição e morte a Jesus (Jo 19.15,16). Novamente o povo deixou de obedecer e “não deu ouvidos à voz do Senhor”. Desse modo, Judá seria punida mais uma vez. O vislumbre do castigo que traria destruição a Jerusalém e ao Templo fez com que Jesus anunciasse e lamentasse a terrível tragédia (Mt 24.1,2; Lc 19.41-44; 21.20-24).
Como das outras vezes, Deus levantou uma nação poderosa para trazer castigo pela incredulidade e desobediência dos judeus. A diferença é que, dessa vez, o instrumento usado por Deus (o povo romano) dominava sobre os israelitas havia mais de cem anos. Como Deus prometeu que os castigos descritos em Deuteronômio 28 seriam “um sinal aos judeus para sempre” (Dt 28.46,47), ele possivelmente decidiu sinalizar o castigo por meio da Igreja. Para esse fim a Igreja passou a sinalizar tal juízo por intermédio de línguas estrangeiras que não eram entendidas pelo povo judeu. Por esse motivo Paulo diz que as línguas não eram para crentes, mas para incrédulos (1Co 14.21,22). O povo que rejeitou e matou o Deus Filho estava sendo alertado sobre a dura punição que recairia sobre eles e sendo convidado ao arrependimento.
A primeira vez que o dom de línguas ocorreu na História foi cinquenta dias após a morte de Jesus. Os 120 discípulos de Cristo que receberam o Espírito Santo começaram a falar em outros idiomas na presença de grande multidão de judeus incrédulos de todas as partes do mundo. Ao ficarem espantados por verem galileus iletrados falando correta e claramente em idiomas de terras distantes, esses judeus incrédulos foram repreendidos por Pedro a respeito do que fizeram com Jesus (At 2.22-24). Em vista disso, muitos deles se arrependeram e buscaram um meio de fugir da condenação por tão grande crime. Para eles Pedro ordenou que se arrependessem e se convertessem do caminho dos perversos (At 2.37-40). Diante da pregação e do anúncio da culpa 3 mil judeus foram convertidos somente nesse dia (At 2.41).
Desse modo, encontramos o propósito da concessão do dom de línguas à Igreja. Ele foi o sinal que Deus enviou aos incrédulos que apontava para o juízo que recairia sobre eles. E o fato de uma pequena porcentagem ter crido em tais promessas demonstra que o propósito do dom de línguas não era primariamente evangelizar os incrédulos, mas trazer sobre eles o juízo de Deus.
O dom de línguas ainda existe hoje?
O juízo que o dom de línguas sinalizava aconteceu no ano 70 A.D. Estando Jerusalém destruída por sua rejeição a Jesus e às palavras de Deus, o dom “atingiu seu propósito”. Não havia, a partir de então, o que ser sinalizado diante dos judeus e, assim, o sinal “deixou de ser necessário”. Por isso, o dom de línguas cessou após a destruição de Jerusalém no ano 70 A.D.
Na verdade, esse não é o único exemplo na Bíblia que mostra que Deus usa um sinal somente até que o fato sinalizado aconteça. Encontramos um bom exemplo em Colossenses 2.16,17. Paulo ensina aos colossenses que eles não deviam seguir os aspectos cerimoniais da Lei judaica por serem “sombras das coisas que haveriam de vir”. Em outras palavras, eram sinais e símbolos de aspectos da obra redentora de Cristo que seriam cumpridos com sua vinda. Depois que Cristo consumou sua obra, esses sinais perderam a utilidade. Por isso não fazemos mais sacrifícios, nem guardamos o sábado, nem nos abstemos de alimentos que eram considerados impuros. De forma semelhante, o dom de línguas deixou de existir assim que Jerusalém foi destruída.
Conclusão
Portanto, o dom de línguas não mais existe desde a destruição de Jerusalém pelos romanos na segunda metade do século 1, em meio à incrível mortandade de israelitas.
Se as línguas de hoje são tão confusas e diferentes do que a Bíblia relata e ensina, é por serem uma tentativa de fazer artificialmente o que o Espírito Santo fez no passado com um propósito definido que não existe mais. É por isso que, em vez de buscar falar em línguas, os cristãos de hoje devem “dar ouvidos à voz do Senhor” e priorizar o serviço e o amor a Deus e aos homens com um coração fiel, submisso e transformado.
Pr. Thomas Tronco
http://igrejaredencao.org.br/
O resultado é que crentes sinceros passam a se preocupar com sua saúde espiritual e com a comunhão da sua denominação com Deus ao verem outras denominações repletas de prodígios, revelações e línguas. As próprias denominações históricas ficam, na mente de muitos, relegadas a um plano de superficialidade espiritual, rotuladas de “igrejas frias”.
Nossa intenção é averiguar o que e Bíblia realmente ensina sobre o dom de línguas e comparar com as práticas e ensinos modernos a fim de nos posicionarmos diante desse dilema e seguirmos o ensino de Deus por intermédio dos apóstolos e profetas.
O que é o dom de línguas?
A Bíblia expõe o dom de línguas como uma capacitação sobrenatural que permitia que algumas pessoas falassem das grandezas de Deus em outro idioma sem que nunca o tivessem aprendido. O dom de línguas descrito na Bíblia não era fruto de exercícios ou de aprendizado, mas um “dom”, algo dado por Deus. Outra característica marcante desse dom é que ele não estava ao alcance de todos. Todo cristão recebia, e ainda recebe, algum dom do Espírito Santo. Porém, o dom não era escolhido pelas pessoas, mas dado pela vontade de Deus para a edificação do corpo de Cristo (1Co 12.28-30; 1Pe 4.10,11).
Além de cada crente possuir um dom distinto, em todas as relações de dons espirituais da Bíblia, o dom de línguas sempre aparece nos últimos lugares, a não ser em 1Coríntios 13, onde Paulo discorre sobre a inutilidade dos dons sem a presença do amor. O fato é que o dom de línguas ocupava uma posição secundária no plano de edificar a igreja. Tinha como principal objetivo ser um sinal aos incrédulos e não aos crentes. Apontava para o juízo de Deus que recairia sobre Israel por ter rejeitado o Senhor Jesus (1Co 14:21-22 cf. Dt 28:45-46,49).
As línguas pronunciadas por aqueles que possuíam o referido dom eram de natureza terrena. No Novo testamento, duas palavras são usadas para se referir a línguas: Glossa e Dialéktos. A primeira significa “idiomas”, ou língua (órgão anatômico). A segunda significa “idioma” ou “dialeto”. Esses sentidos apontam para línguas terrenas, idiomas utilizados ao redor do mundo.
Apesar da clareza dos termos, parte da confusão sobre o dom de línguas no Brasil se deve à tradução da versão “Almeida Revista e Corrigida”. Ela traduz a palavra glóssais (línguas) em 1Co 14.5,6,23, com a expressão “línguas estranhas”. Isso deu margem ao entendimento equivocado de que as línguas fossem estranhas à raça humana, justificando a produção de sons e sílabas sem qualquer sentido ou a crença de se tratar de um idioma exclusivo dos anjos. Essa certamente não era a intenção dos tradutores da versão Almeida, pois resolveram este mal-entendido na versão “Almeida Revista e Atualizada”, com a expressão “outras línguas”.
A afirmação de que as línguas faladas pelos discípulos eram “línguas de anjos” não é verdadeira. Paulo combate os desvios e maus usos do dom de línguas em 1Coríntios 14 normatizando sua utilização, cortando os excessos cometidos na igreja e proibindo algumas pessoas de exercê-lo no culto público. A preparação para esse tratamento começa no capítulo anterior: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (1 Co 13.1). Paulo comparou as pessoas que falavam em outras línguas, mas que não amavam seus irmãos, a sinos ou gongos metálicos cuja única função era fazer barulho quando golpeados. Eram homens e mulheres que não desenvolviam sua habilidade sobrenatural para o bem dos outros, nem para o crescimento do corpo de Cristo, mas para exibição pessoal e para serem admirados e invejados.
O apóstolo estava tão preocupado com a situação que, ao mostrar a necessidade do amor, utilizou uma figura de linguagem chamada hipérbole. A hipérbole consiste no exagero de uma expressão a fim de realçar uma idéia ou demonstrar a forte intensidade de um sentimento. Os três primeiros versículos do capítulo 13 são expostos sob esse prisma. No v. 1 Paulo diz que falar “muitas” línguas sem amor é algo inútil e sem propósito. Ele estende o raciocínio e afirma que o mesmo se daria se alguém falasse até mesmo a linguagem dos anjos. Devemos notar que não há relatos na Bíblia de uma língua específica de anjos, pois em todas as vezes que os anjos falaram com os homens, o fizeram em idiomas humanos. Paulo falou sobre “língua dos anjos” em 1Co 13.1 para ressaltar, por meio de uma hipérbole, que não importava o quanto os irmãos de Corinto se impressionavam com esse dom – o amor era maior e necessário.
Portanto, quando a Bíblia fala sobre o dom de línguas ela se refere a uma “capacitação exterior ao homem que o habilita a falar da glória de Deus em outro idioma humano não conhecido para aquele que fala.”
O dom de línguas é sinal de espiritualidade?
Dois livros bíblicos que tratam sobre o dom de línguas são Atos e 1Coríntios. Atos não é um livro fundamentalmente normativo ou doutrinário. É uma obra histórica que narra corretamente os primeiros anos da Igreja cristã. Por sua vez, 1Coríntios é um livro doutrinário que traça normas claras de conduta visando ao desenvolvimento da igreja. Apesar da diferença de enfoque, ambos os livros apontam para a mesma realidade a respeito das línguas.
É possível notar no livro de Atos que o dom de línguas não era sinal de maturidade espiritual. Apesar de sua primeira aparição ter-se dado em 120 “discípulos de Cristo” (At 2), em outras ocasiões se deu em recém-convertidos (At 10.44-46; 19.6,7). Em resumo, o livro de Atos olha para o dom de línguas de uma maneira positiva. Ele é a demonstração da vinda do Espírito Santo sobre a Igreja como Jesus prometeu (At 1.8 cf. Jo 14.16; 15.26; 16.7) e da habitação do Espírito Santo em cada crente a partir da sua conversão (At 2.38 cf. Ef 1.13,14).
Em 1Coríntios, o apóstolo Paulo trata do dom utilizado por crentes que, tendo condições de serem espirituais, comportavam-se ainda como carnais e mundanos (1Co 3.1,2). A igreja de Corinto, apesar de ser rica em dons, não era uma igreja espiritual.
Mais uma característica do ensino de 1Coríntios é que em parte alguma Paulo ensina que “todos” os crentes deviam falar em línguas. Em lugar disso ele afirma que cada crente recebe um dom dado segundo a vontade de Deus (1Co 12.11) para a edificação da igreja. O fato de Paulo associar a falta de amor ao dom de línguas dentro da igreja de Corinto (1Co 13.1; 14.1) demonstra que alguns tinham dons desejados pela maioria – como falar em línguas – e outros não, sendo esse o motivo da soberba dos que falavam e dos ciúmes dos que não falavam (1Co 13.4 – “... o amor arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece.”). Além disso, Paulo afirma expressamente que nem todos possuíam o dom de línguas (1Co 12.28-30).
Devido à inutilidade do dom de línguas sem que houvesse interpretação (1Co 14.9,16-19) e dos danos que podia causar ao Evangelho entre os visitantes (1Co 14.23-25), Paulo também deu normas e proibições para o uso do dom de línguas no culto público. Assim, não poderiam falar no culto todas as pessoas que tinham o dom de línguas, mas apenas duas ou, “no máximo”, três, no momento adequado e não ao mesmo tempo. Se ao falar não houvesse ninguém na igreja que pudesse entender o idioma e traduzir para o restante da igreja, quem estava falando deveria se calar. Paulo diz que se não houvesse interpretação ninguém seria edificado (1Co 14.27,28).
Quando o dom de línguas era exercido segundo essas regras, ele não podia ser proibido (1Co 14.39,40). Paulo também afirma que a espiritualidade dos crentes que falavam em outras línguas poderia ser avaliada não pelo fato de falarem, mas pelo fato de se submeterem a tais orientações (1Co 14.37,38).
Há diferenças entre as línguas de hoje em relação às dos do ‘Novo Testamento’?
Atualmente, o que se conhece por dom de línguas guarda diferenças marcantes entre o dom descrito e normatizado nas páginas no Novo Testamento. Quando olhamos para o fenômeno das línguas na igreja moderna, percebemos que ele difere diametralmente do dom na igreja primitiva. Algumas características das línguas da atualidade são:
- Elas são consideradas sinal de espiritualidade e demonstração de que o Espírito Santo age de uma maneira mais profunda naqueles que as falam.
- Todos os crentes são encorajados a falar em línguas para progredirem espiritualmente.
- Há momentos no culto público em que todos, ou grande parte das pessoas, falam em línguas simultaneamente.
- Não se trata de idiomas, mas de sílabas unidas ao acaso e sem significado ou repetições de palavras e fonemas.
- São ensinados métodos para que pessoas que não falam em línguas possam aprender a falar por meio de relaxamento ou de treino.
- As línguas não são traduzidas a fim de haver edificação da igreja e evangelização dos visitantes incrédulos.
- Há grande resistência quanto à aceitação e aplicação das normas que Paulo deu para o uso do dom de línguas.
De onde vieram os conceitos atuais sobre o dom de línguas?
Uma análise histórica entre os séculos I2 e 19 mostra que os teólogos de maior expressão, tanto da antiguidade como da reforma protestante, não exerciam nem ensinaram a prática do dom de línguas. Durante todo esse tempo, a maioria dos casos em que esporadicamente se ouve falar sobre o dom de línguas é entre grupos como montanistas, jansenistas (católicos pietistas), quacres, shakers e mórmons.
Entretanto, o início marcante do dom de línguas da atualidade veio por intermédio do movimento conhecido como “Avivamento da Rua Azusa”, fundado em 1906 por William J. Seymour. Ele se inspirou em Charles Fox Parham, pioneiro da idéia de que o sinal específico do batismo do Espírito Santo é “falar em línguas”.
A análise bíblica e histórica do dom de línguas e a presença de inúmeras contradições e diferenças entre o uso atual das línguas e o uso na igreja primitiva levam-nos à conclusão de que o dom de línguas atual não é, de modo algum, a mesma experiência que a igreja apresentou no primeiro século. As normas paulinas são o divisor de águas entre as línguas do passado e as de hoje.
Qual foi o propósito do dom no ‘Novo Testamento’?
A constatação da descontinuidade do dom de línguas descrito no Novo Testamento em relação à experiência atual levanta algumas perguntas. Uma delas é: “Se o dom de línguas da igreja primitiva não servia aos propósitos difundidos na atualidade, qual era sua real função?”.
Em 1Coríntios 14, Paulo não apenas proibiu o uso indevido do dom de línguas e o graduou como secundário na edificação da igreja. Paulo também revelou o propósito “principal” das línguas: servir como um “sinal” de Deus para os incrédulos (1Co 14.22).
Deuteronômio 28 contém dois tipos de promessa de Deus aos judeus. O primeiro é a promessa de bênçãos pela obediência dos judeus ao Senhor (Dt 28.1-14). O segundo é a promessa de castigo pela desobediência (Dt 28.15-68). Em meio à lista de castigos prometidos ao povo judeu caso “não dessem ouvidos à voz do Senhor”, um deles fica em destaque: “O SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra virá, como o vôo impetuoso da águia, nação cuja língua não entenderás; nação feroz de rosto, que não respeitará ao velho, nem se apiedará do moço. Ela comerá o fruto dos teus animais e o fruto da tua terra, até que sejas destruído; e não te deixará cereal, mosto, nem azeite, nem as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas, até que te haja consumido. Sitiar-te-á em todas as tuas cidades, até que venham a cair, em toda a tua terra, os altos e fortes muros em que confiavas; e te sitiará em todas as tuas cidades, em toda a terra que o SENHOR, teu Deus, te deu. Comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o SENHOR, teu Deus, na angústia e no aperto com que os teus inimigos te apertarão” (Dt 28.49-53).
Essa é a promessa de um grande castigo de Deus pela desobediência de Israel usando como instrumento de castigo uma nação poderosa. Essa nação seria estrangeira, pois falaria uma língua não seria entendida pelos israelitas. Esse povo, por fim, traria grande destruição e mortandade a Israel. Pouco antes de decretar tal punição, o Senhor revelou que esses eventos seriam um “sinal” para os israelitas de que eles estavam sob a mão punitiva de Deus (Dt 28.46,47). Essa promessa se cumpriu algumas vezes de maneira clara e arrebatadora. Três datas notáveis desse cumprimento foram 722 a.C., 587 a.C. e 70 A.D.
Em 722 a.C., quando Israel estava divido em dois reinos – o reino do norte (Israel) com suas dez tribos, e o reino do sul (Judá) formado pelas tribos de Judá e Benjamim – o reino do norte foi devastado pelos assírios e o povo foi levado cativo para a Assíria, onde foi miscigenado com outros povos (2Re 17.5,6,22,23). Em 587 a.C., o mesmo aconteceu ao reino do sul (Judá). Jerusalém, capital de Judá, foi destruída junto com o Templo que Salomão havia construído para o culto a Deus. Os habitantes foram exilados na Babilônia até o ano 539 a.C. (2Re 25.8,9).
Prevendo esse tipo de punição, o Senhor enviou profetas para alertar o povo dos seus pecados, conclamá-los ao arrependimento e anunciar o juízo caso não mudassem seu modo de agir. Entre esses alertas dois deles chamam a atenção para si:
a) Isaías pregou arrependimento ao povo garantindo que Deus os perdoaria e purificaria. Contudo, alertou que a obstinação deles os tornaria alvo de “espada” (Is 1.16-20). Infelizmente, o povo não deu ouvidos à voz do Senhor. Isaías, então, profetizou a punição de Deus e disse que nem mesmo o castigo e o sinal de uma “língua estranha” seriam capazes de produzir arrependimento na nação de Israel (Is 28.11,12 cf. v.1).
b) Deus falou à nação de Judá, por meio de Jeremias, convidando-a ao arrependimento e à purificação (Jr 3.14,15). A exemplo de Israel, Judá também não deu ouvidos à voz do Senhor. Portanto, Deus usou a Babilônia, sob o comando de Nabucodonosor, para castigar Judá. Nesse caso, o “sinal” do juízo de Deus também foi dado por meio de um povo destruidor, cuja língua eles não entendiam (Jr 5.12-17).
Nos dias no Novo Testamento também houve uma grande destruição em Jerusalém (70 A.D.) e em todo o país. Os acontecimentos da guerra entre os judeus e os romanos (66–70 A.D.) não foram narrados nas Escrituras, mas a História não os deixou passar em branco. O historiador Flávio Josefo conta que Vespasiano derrotou e devastou toda a Galiléia, Peréia e Iduméia e partiu em direção a Jerusalém. Nessa época, a cidade estava tomada e dividida por três partidos de judeus que se destruíam mutuamente. Crimes, roubos e assassinatos aconteciam à luz do dia. Qualquer um que tentasse fugir de Jerusalém era morto. Essa guerra civil custou o próprio mantimento de trigo que serviria para sustentar anos de cerco. A fome e o roubo de mantimentos pelos rebeldes em Jerusalém chegaram a níveis insuportáveis.
Quando Vespasiano foi feito imperador, seu filho Tito assumiu o comando do exército romano e sitiou Jerusalém. Em quinze dias tomou o primeiro muro e em mais nove, o segundo. Restando apenas a terceira muralha e o muro do Templo, Tito ofereceu, em vão, a paz aos judeus. Como não houve rendição, depois de quatro meses de cerco o Templo foi invadido e, mesmo contra as ordens de Tito, foi queimado e destruído. Quinze dias depois Jerusalém estava completamente destruída e quem passasse por ali teria dificuldades em acreditar que ali fora um centro populoso. Os números da guerra, não levando em conta o quase meio milhão de judeus mortos em todo o território palestino e egípcio, foram: 97 mil prisioneiros e 1,1 milhão mortos em Jerusalém por crimes, fome, peste e guerra.
O motivo de tamanha destruição foi o mesmo de 722 a.C. e 587 a.C: desobediência às ordens de Deus. Quatro décadas antes Jesus pregou entre os judeus e se apresentou como Deus e Salvador. Ele transmitiu à nação as palavras e promessas de Deus a respeito da redenção mediante o arrependimento e a fé no Filho (Jo 10.24-26,30; 14.6). O livro de Hebreus diz que Jesus falou aos homens do seu tempo assim como Deus falou com os antigos por meio dos profetas (Hb 1.1,2).
Infelizmente, a reação dos judeus a tais palavras não foi fé e obediência, mas rejeição e morte a Jesus (Jo 19.15,16). Novamente o povo deixou de obedecer e “não deu ouvidos à voz do Senhor”. Desse modo, Judá seria punida mais uma vez. O vislumbre do castigo que traria destruição a Jerusalém e ao Templo fez com que Jesus anunciasse e lamentasse a terrível tragédia (Mt 24.1,2; Lc 19.41-44; 21.20-24).
Como das outras vezes, Deus levantou uma nação poderosa para trazer castigo pela incredulidade e desobediência dos judeus. A diferença é que, dessa vez, o instrumento usado por Deus (o povo romano) dominava sobre os israelitas havia mais de cem anos. Como Deus prometeu que os castigos descritos em Deuteronômio 28 seriam “um sinal aos judeus para sempre” (Dt 28.46,47), ele possivelmente decidiu sinalizar o castigo por meio da Igreja. Para esse fim a Igreja passou a sinalizar tal juízo por intermédio de línguas estrangeiras que não eram entendidas pelo povo judeu. Por esse motivo Paulo diz que as línguas não eram para crentes, mas para incrédulos (1Co 14.21,22). O povo que rejeitou e matou o Deus Filho estava sendo alertado sobre a dura punição que recairia sobre eles e sendo convidado ao arrependimento.
A primeira vez que o dom de línguas ocorreu na História foi cinquenta dias após a morte de Jesus. Os 120 discípulos de Cristo que receberam o Espírito Santo começaram a falar em outros idiomas na presença de grande multidão de judeus incrédulos de todas as partes do mundo. Ao ficarem espantados por verem galileus iletrados falando correta e claramente em idiomas de terras distantes, esses judeus incrédulos foram repreendidos por Pedro a respeito do que fizeram com Jesus (At 2.22-24). Em vista disso, muitos deles se arrependeram e buscaram um meio de fugir da condenação por tão grande crime. Para eles Pedro ordenou que se arrependessem e se convertessem do caminho dos perversos (At 2.37-40). Diante da pregação e do anúncio da culpa 3 mil judeus foram convertidos somente nesse dia (At 2.41).
Desse modo, encontramos o propósito da concessão do dom de línguas à Igreja. Ele foi o sinal que Deus enviou aos incrédulos que apontava para o juízo que recairia sobre eles. E o fato de uma pequena porcentagem ter crido em tais promessas demonstra que o propósito do dom de línguas não era primariamente evangelizar os incrédulos, mas trazer sobre eles o juízo de Deus.
O dom de línguas ainda existe hoje?
O juízo que o dom de línguas sinalizava aconteceu no ano 70 A.D. Estando Jerusalém destruída por sua rejeição a Jesus e às palavras de Deus, o dom “atingiu seu propósito”. Não havia, a partir de então, o que ser sinalizado diante dos judeus e, assim, o sinal “deixou de ser necessário”. Por isso, o dom de línguas cessou após a destruição de Jerusalém no ano 70 A.D.
Na verdade, esse não é o único exemplo na Bíblia que mostra que Deus usa um sinal somente até que o fato sinalizado aconteça. Encontramos um bom exemplo em Colossenses 2.16,17. Paulo ensina aos colossenses que eles não deviam seguir os aspectos cerimoniais da Lei judaica por serem “sombras das coisas que haveriam de vir”. Em outras palavras, eram sinais e símbolos de aspectos da obra redentora de Cristo que seriam cumpridos com sua vinda. Depois que Cristo consumou sua obra, esses sinais perderam a utilidade. Por isso não fazemos mais sacrifícios, nem guardamos o sábado, nem nos abstemos de alimentos que eram considerados impuros. De forma semelhante, o dom de línguas deixou de existir assim que Jerusalém foi destruída.
Conclusão
Portanto, o dom de línguas não mais existe desde a destruição de Jerusalém pelos romanos na segunda metade do século 1, em meio à incrível mortandade de israelitas.
Se as línguas de hoje são tão confusas e diferentes do que a Bíblia relata e ensina, é por serem uma tentativa de fazer artificialmente o que o Espírito Santo fez no passado com um propósito definido que não existe mais. É por isso que, em vez de buscar falar em línguas, os cristãos de hoje devem “dar ouvidos à voz do Senhor” e priorizar o serviço e o amor a Deus e aos homens com um coração fiel, submisso e transformado.
Pr. Thomas Tronco
http://igrejaredencao.org.br/
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Cóccix humano: prova de evolução?
Exclusivo: Ray Comfort responde a perguntas frequentes feitas por céticos
Pergunta de leitor: “[Pelo fato de que sou ateu] você realmente acha que sou irracional?” – Peter M.
Sir Isaac Newton (o “Pai da Ciência”) utilizava a palavra “irracional” (“senseless”) ao se referir aos ateus.
Pergunta de leitor: “[Pelo fato de que sou ateu] você realmente acha que sou irracional?” – Peter M.
Sir Isaac Newton (o “Pai da Ciência”) utilizava a palavra “irracional” (“senseless”) ao se referir aos ateus.
Davi e Bate-Seba: Escolhas erradas, consequências trágicas
INTRODUÇÃO
É muito comum vermos as pessoas fazerem suas escolhas sem pensar nas consequências que elas trarão. Para muitos, e talvez para nós mesmos, o que vale na hora da escolha é o prazer imediato e a vantagem que se obterá. A preocupação com as consequências e implicações é mínima ou, até mesmo, inexistente. Esse imediatismo, infelizmente, tem afetado muitas pessoas e não são poucos os crentes que seguem por esse caminho. O resultado são inúmeros conflitos e dramas familiares.
É muito comum vermos as pessoas fazerem suas escolhas sem pensar nas consequências que elas trarão. Para muitos, e talvez para nós mesmos, o que vale na hora da escolha é o prazer imediato e a vantagem que se obterá. A preocupação com as consequências e implicações é mínima ou, até mesmo, inexistente. Esse imediatismo, infelizmente, tem afetado muitas pessoas e não são poucos os crentes que seguem por esse caminho. O resultado são inúmeros conflitos e dramas familiares.
Jesus desceu até o inferno?
PROBLEMA: Paulo declara que Jesus desceu "até as regiões inferiores da terra" e o Credo dos Apóstolos declara que, depois de ter sido morto, Jesus "desceu ao inferno". Entretanto, quando Cristo estava morrendo, entregou o seu espírito nas mãos do Pai (Lc 23:46) e disse ao ladrão que este estaria com ele no "paraíso" (Lc 23:43), ou seja, no "terceiro céu" (2 Co 12:2, 4). Para onde Jesus foi então: para o céu ou para o inferno?
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
O amor que devemos aprender, 1Cor 13
Em I Coríntios 13:4-7, a Bíblia nos fala sobre o amor. Ela diz que: "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
No grego antigo, havia três palavras que significavam amor: "eros", "phileo" e "ágape". Eles usavam a palavra de acordo com o tipo de amor a que estavam se referindo.
No grego antigo, havia três palavras que significavam amor: "eros", "phileo" e "ágape". Eles usavam a palavra de acordo com o tipo de amor a que estavam se referindo.
O que é um Obelisco?
Obelisco é um monumento arquitetônico comemorativo típico e criado durante o antigo Egito.
Os antigos egípcios utilizavam os obeliscos como marcos de homenagem e adoração à Rá, deus do sol na mitologia egípcia. O monumento também era sinônimo de proteção e defesa no Antigo Egito.
O povo egípcio acreditava que os obeliscos ajudavam a dissipar as energias negativas que se formavam sob as cidades, seja em forma de tempestades ou demais eventos catastróficos de origem da natureza.
Os antigos egípcios utilizavam os obeliscos como marcos de homenagem e adoração à Rá, deus do sol na mitologia egípcia. O monumento também era sinônimo de proteção e defesa no Antigo Egito.
O povo egípcio acreditava que os obeliscos ajudavam a dissipar as energias negativas que se formavam sob as cidades, seja em forma de tempestades ou demais eventos catastróficos de origem da natureza.
O que é universalismo?
O ensinamento que afirma que todos os homens serão salvos pela misericórdia de Deus se chama “universalismo”. De modo crescente, o universalismo se insinua por declarações da Igreja Católica Romana, bem como alguns grupos e igrejas protestantes de linha mais liberal. Esta doutrina se mantém e se propaga pela força de dois tipos de argumentação. O primeiro, sendo teológico, apela para a razão e emoções humanas, enquanto o segundo se fundamenta em interpretações duvidosas de alguns trechos da Bíblia.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Raízes históricas da teologia da prosperidade
O evangelicalismo brasileiro apresenta características apreciáveis e preocupantes. Entre estas últimas está o gosto por novidades. Líderes e fiéis sentem que, para manter o interesse pelas coisas de Deus, é preciso que de tempos em tempos surja um ensino novo, uma nova ênfase ou experiência. Geralmente tais inovações têm sua origem nos Estados Unidos. Assim como outros países, o Brasil é um importador e consumidor de bens materiais e culturais norte-americanos. Isso ocorre também na área religiosa. Um movimento de origem americana que tem tido enorme receptividade no meio evangélico brasileiro desde os anos 80 é a chamada teologia da prosperidade. Também é conhecida como “confissão positiva”, “palavra da fé”, “movimento da fé” e “evangelho da saúde e da prosperidade”. A história das origens desse ensino revela aspectos questionáveis que devem servir de alerta para os que estão fascinados com ele.
O Livro de Josué
Autor: O Livro de Josué não revela explicitamente o nome do seu autor. É muito provável que Josué, filho de Num e sucessor de Moisés como líder de Israel, escreveu boa parte deste livro. Sabemos, no entanto, que a última parte do livro foi escrita por pelo menos mais uma outra pessoa após a morte de Josué. Também é possível que várias seções foram editadas/compiladas após a morte de Josué.
Estudo sobre Gênesis 1
INTRODUÇÃO
Em Gênesis 1:1 nós temos o começo da grande revelação de Deus para o homem mortal, através de Sua Palavra Escrita. Fé na Palavra de Deus nos dá um entendimento da criação que não poderíamos obter de outra maneira [Hebreus 11:3].
Em Gênesis 1:1 nós temos o começo da grande revelação de Deus para o homem mortal, através de Sua Palavra Escrita. Fé na Palavra de Deus nos dá um entendimento da criação que não poderíamos obter de outra maneira [Hebreus 11:3].
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Desvios doutrinários da confissão positiva
Os seguidores das doutrinas da Confissão Positiva dizem que não devemos submeter nossos pedidos à vontade de Deus. Não questiono a qualidade do caráter das pessoas mencionados neste trabalho. Questiono a qualidade de seus ensinos, comparados com a Bíblia Sagrada. Vejamos:
“Usar a frase `se for a Tua vontade´ em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração” (R.R.Soares, livro "O Direito de Desfrutar Saúde", p. 11, citado por Paulo Romeiro, Supercrentes, p.37).
“Usar a frase `se for a Tua vontade´ em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração” (R.R.Soares, livro "O Direito de Desfrutar Saúde", p. 11, citado por Paulo Romeiro, Supercrentes, p.37).
O que é a rocha em Mateus 16:18?
Há um grande debate sobre se "a rocha" sobre a qual Cristo edificaria Sua igreja é Pedro ou a confissão de Pedro de que Jesus é "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). Com toda honestidade, não há como ter certeza absoluta de qual ponto de vista é o correto. A construção gramatical permite os dois.
Ouro, incenso e mirra
O hábito de presentear no Natal, teve origem com o surgimento da data que significa nascimento, do latim: Natalis, no sentido de "ser posto no mundo". Nascia Jesus, Filho de Deus que repousou tranquilo em uma manjedoura, enquanto os governantes da Judeia procuravam matá-lo. Os antigos profetas, falavam que um Rei nasceria naquele época. Ele salvaria o povo do pecado. Temendo perder o cargo, prestígio e sendo inflamado pelo inimigo, Herodes envia reis magos para localizar Jesus.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Pedro foi o primeiro Papa?
Não, Pedro não foi o primeiro Papa. A igreja primitiva era liderada por todos os apóstolos, de uma forma mais democrática. Jesus nunca colocou Pedro numa posição de comando sobre os outros apóstolos. Jesus é e sempre foi o único líder supremo da Igreja.
6 sinais de que o fim dos tempos bíblico esta a caminho
O apocalipse há muito é anunciado, desde os tempos medievais por exemplo, acreditava-se que o fim propriamente dito estava próximo, mas uma coisa temos que concordar, os dias que vivemos hoje realmente se encaixam perfeitamente nas descrições do que ocorrerá no fim do mundo.
Agora vamos para o que interessa, confira!
6 sinais de que o fim dos tempos bíblicos está a caminho...
1- Muitos virão em nome de cristo e enganarão a muitos
Você provavelmente já sabe, que muitas são as religiões que apesar de pregar o cristianismo acabam se perdendo em alguns pontos, na realidade temos que ser maduros e racionais o suficiente para admitir que toda religião possui suas falhas e suas proezas, e é por isso, que muitas pessoas as vezes realmente enganadas, outras agindo de má fé, usam o cristianismo ou a fé para se aproveitar de algum grupo ou situação.
2- Jerusalém será um fardo para o mundo
Como já dizia Zacarias 12;2-3 “Eu farei de Jerusalém e de Judá como uma bebida intoxicante a todas as nações próximas que enviam seus exércitos para cercar Jerusalém. Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada, um fardo para o mundo. Nenhum dos países que tentam levantá-lo.escapará incólume ”
E o que é que Jerusalém realmente se tornou hoje em dia?
3- O amor esfriará
A indiferença do ser humano para um com os outros é mais um sinal bíblico do final dos tempos, e o que vemos hoje em dia é literalmente o reflexo dessa profecia.
O mundo capitalista por si só, ensina e exige que as pessoas sejam individualistas e indiferentes um para com os outros, afinal, ou a vez é do outro ou ela é sua. E entre você e um outro individuo, parece que não existe muita escolha, não é mesmo?
Além disso, nossos olhos se acostumaram com a pobreza, com a miséria, o preconceito reina, e a única coisa que muitos de nós consegue fazer é julgar ao invés de tentar entender e ajudar ao seu próximo, assim como foi pregado pelo deus cristão.
4- O evangelho será pregado em todo o mundo
Essa profecia é citada em dois versículos bíblicos, em Matheus 24;14 e Marcos 13;10. E realmente acontece nos nossos dias atuais, afinal com a globalização o cristianismo foi sem dúvida alguma mais difundido, além disso pessoas que trabalham em prol desse objetivo também tem nos dias atuais mais recursos para alcançar grupos, tribos e indivíduos isolados.
5- Aumento dramático da busca pelo conhecimento e avanço de tecnologias
Esse sinal sem dúvida alguma é um dos mais claros que temos atualmente, visto o momento em que vivemos e como vem ocorrendo os avanços tecnológicos ultimamente. Essa profecia foi revelada a Daniel em 12:4, e dizia: “Mas tu, Daniel, mantenha essa profecia um segredo; selar o livro e até o tempo do fim do mundo, muitos vão correr aqui e ali, e o conhecimento aumentará.
6- A ascensão de um governo global
Você já ouviu falar em globalização, ONU e superpotências? Se a sua resposta foi um sim, você sem dúvida sabe do que estamos falando. Cada vez mais o mundo caminha para uma forma de governo único. E em Apocalipse 13;7 isso também foi previsto como um sinal do fim dos tempos:
“E foi-lhe dada autoridade para governar sobre toda tribo, povo e língua e nação.”
E então queridos leitores, vocês conheciam todos esses sinais? Qual deles mais te surpreendeu? Conta pra gente aqui em baixo nos comentários.
Extraído do site: http://m.fatosdesconhecidos.com.br
O Pai Desconhecido
Portanto, orem assim: “Pai nosso, que estás no céu...”
MATEUS 6.9, NTLH
Talvez a nossa dificuldade em nos relacionarmos com Deus como nosso Pai seja porque nos tenham comunicado apenas a sua santidade, e não a sua misericórdia; apenas a sua severidade, e não a sua bondade; apenas o seu castigo, e não o seu perdão.
MATEUS 6.9, NTLH
Talvez a nossa dificuldade em nos relacionarmos com Deus como nosso Pai seja porque nos tenham comunicado apenas a sua santidade, e não a sua misericórdia; apenas a sua severidade, e não a sua bondade; apenas o seu castigo, e não o seu perdão.
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Anjos - Um Breve Estudo Bíblico
INTRODUÇÃO
O que é um “anjo”? Nos gibis de Maurício de Souza, é um ente com cabelos loiros encaracolados, olhos azuis, um par de asas nas costas e uma auréola sobre a cabeça. Quando criança, criado na Igreja Católica, eu gostava de colecionar estampas de santos em meu catecismo. Havia um cartão especial que me impressionava: uma criança ia atravessar uma ponte e um anjo a protegia. Como sempre, um grande par de asas e o anjo, loiro.
O que é um “anjo”? Nos gibis de Maurício de Souza, é um ente com cabelos loiros encaracolados, olhos azuis, um par de asas nas costas e uma auréola sobre a cabeça. Quando criança, criado na Igreja Católica, eu gostava de colecionar estampas de santos em meu catecismo. Havia um cartão especial que me impressionava: uma criança ia atravessar uma ponte e um anjo a protegia. Como sempre, um grande par de asas e o anjo, loiro.
Existem provas que confirmem a ressurreição de Jesus?
Temos boas bases históricas. A palavra ‘prova’ pode ser enganosa porque muitos a associam com matemática. Certamente, não temos prova matemática de qualquer coisa que tenha acontecido na história do homem. Não temos provas, nesse sentido, de que Júlio César foi assassinado no senado romano, por exemplo, mas temos boas bases históricas para isso. Meu argumento é que se você considera os documentos do Novo Testamento como fontes da história antiga, — como os historiadores gregos Tácito, Heródoto ou Tucídides — o evangelho aparece como uma fonte histórica muito confiável para a vida de Jesus de Nazaré.
A Bíblia condena o preguiçoso?
A preguiça é um mal social. O preguiçoso é um desajustado na sociedade. O desamor ao trabalho só se justifica por doença grave que tire da pessoa o desejo de trabalhar. Fora desse caso é reprovável. Jesus disse: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também", Jo 5.17. A Bíblia contém vinte referências a respeito do preguiçoso e da preguiça, e sempre se refere a isso censurando, condenando, aconselhando. É no livro de Provérbios que encontramos:
sábado, 11 de fevereiro de 2017
O que significa bode expiatório?
O termo bode expiatório, que vem da Bíblia, é muito usado também em nosso país como um ditado popular. No ditado popular, bode expiatório é alguém que leva a culpa por algo que, normalmente, não cometeu. Ou é usado para alguém que é pego, por exemplo, em uma situação onde várias pessoas participaram, mas somente uma é punida. Vejamos de onde saiu essa expressão na Bíblia Sagrada:
7 Características dos Falsos Mestres
Não há espaço para dúvidas nas palavras de Pedro. É uma afirmação clara e definitiva. Surgiram falsos profetas no meio do povo (de Israel no Antigo Testamento). Isso é uma questão de História.
Falsos profetas eram um problema constante no Antigo Testamento, e aqueles que alegavam falsamente ser profetas de Deus deveriam ser apedrejados. O povo raramente tinha disposição para lidar com eles, e então eles se multiplicavam, causando desastres na vida espiritual do povo de Deus.
Da mesma forma, Pedro diz: “Assim também haverá entre vós falsos mestres”. Observe as palavras “entre vós”. Pedro está escrevendo para a igreja e diz: “Haverá falsos profetas entre vós”. Então ele não está se referindo a pessoas da Nova Era na televisão. Ele está falando de pessoas na igreja local, membros de uma congregação local.
Não existe tal coisa como uma igreja pura deste lado do Céu. Você nunca vai encontrar uma. O trigo e o joio crescem juntos. Warren Wiersbe escreve:
Satanás é o impostor. . . . Ele tem um falso evangelho (Gálatas 1:6-9), pregado por falsos ministros (2 Coríntios 11:13-12), produzindo falsos Cristãos (2 Coríntios 11:26). . . . Satanás planta seus impostores em qualquer lugar onde Deus plantar crentes verdadeiros (Mateus 13:38).
Autêntico ou Falsificado?
Como você reconheceria o Cristianismo falsificado?
Em 2 Pedro 1 lemos sobre crentes genuínos. E em 2 Pedro 2 lemos sobre crentes impostores. Se você colocar estes capítulos lado a lado você verá a diferença entre crentes autênticos e impostores.
1. Fontes Diferentes—De onde a mensagem vem?
Pedro diz: “Não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas” (1:16). E então ele diz que os falsos mestres “farão comércio de vós, com palavras fictícias” (2:3). Assim, a fonte do que um verdadeiro mestre diz é a Bíblia. O falso mestre conta com sua própria criatividade. Ele inventa a sua própria mensagem.
2. Mensagem Diferente—Qual é a essência da mensagem?
Para um mestre verdadeiro, Jesus Cristo é o centro. “Pelo Seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade” (1:3). Para um falso mestre, Jesus não é importante: “[Os falsos mestres] introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou” (2:1).
Note a palavra “dissimuladamente”. É raro que alguém na igreja negue abertamente a Jesus. O afastamento da centralidade de Cristo acontece de forma sutil. O falso mestre falará de como outras pessoas podem ajudar a mudar sua vida, mas se você ouvir atentamente ao que ele está dizendo, você vai ver que Jesus Cristo não é uma parte essencial da sua mensagem.
3. Situação Diferente—Em que situação a mensagem te deixa?
O verdadeiro Cristão tem “escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo” (1:4). Perceba como Pedro descreve o falso Cristão: “Prometendo-lhes liberdade, eles mesmos são escravos da corrupção, pois o homem é escravo daquilo que o domina.” (2:19). O verdadeiro crente está escapando da corrupção, enquanto o crente impostor é dominado por ela.
4. Caráter Diferente—Que tipo de pessoa a mensagem produz?
O verdadeiro crente busca a bondade, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor (1:5-7). O Cristão impostor é marcado por arrogância e difamação (2:10). Eles têm o “coração exercitado na avareza” e “os olhos cheios de adultério” (2:14). Eles também “desprezam as autoridades” (2:10). Essa é uma característica geral de um crente impostor.
5. Apelo Diferente—Por que você deveria dar ouvidos à mensagem?
O verdadeiro mestre apela às Escrituras. “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la” (1:19). Deus falou, e o verdadeiro mestre apela à Sua Palavra.
O falso mestre faz um apelo bem diferente: “Eles, com palavras de vaidosa arrogância e provocando os desejos libertinos da carne, seduzem os que estão quase conseguindo fugir daqueles que vivem no erro.” (2:18). Então, o verdadeiro mestre pergunta: “O que Deus disse em Sua Palavra?” O falso mestre pergunta: “O que as pessoas querem ouvir? O que será atrativo para a sua carne?”
6. Fruto Diferente—Qual resultado a mensagem produz na vida das pessoas?
O verdadeiro crente é operante e produtivo em seu conhecimento de Jesus Cristo (1:8). O impostor é “como fonte sem água” (2:17). Essa é uma figura extraordinária! Eles prometem muito mas produzem pouco.
7. Diferente Fim—Aonde a mensagem te leva no final das contas?
Aqui encontramos o contraste mais perturbador de todos. O verdadeiro crente terá “amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (1:11). O falso crente trará sobre si “repentina destruição” (2:1). “Para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.” (2:3).
Jesus nos diz que haverá muitas pessoas envolvidas no ministério em Seu nome a quem Ele dirá: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim” (Mateus 7:21-23). Quem são essas pessoas? Certamente Pedro está descrevendo-os nessa passagem.
Não Seja Ingênuo
Não devemos ser ignorantes: “Haverá entre vós falsos mestres” (2:1). Então, como colocamos em prática essa advertência?
Em primeiro lugar, a clara afirmação de Pedro nos lembra de que a Igreja precisa ser protegida. Entre as muitas pessoas maravilhosas que entram pelas portas da igreja a cada ano, algumas fariam mais mal do que bem.
Elas podem parecer as mais agradáveis das pessoas, mas não acreditam na autoridade da Bíblia ou na exclusividade da salvação em Cristo. Nós acolhemos essas pessoas, porque elas precisam de Cristo tanto quanto nós, mas não devemos permitir que elas influenciem a igreja.
Em segundo lugar, os céticos sempre serão capazes de apontar hipocrisia e inconsistência na igreja. Eles sempre fizeram isso, e sempre o farão. Uma das razões mais estranhas para não seguir a Cristo é a seguinte: “Tenho visto pessoas na igreja que são hipócritas”. Então você não vai seguir a Cristo porque algumas pessoas que dizem segui-lO são hipócritas?
A existência do falsificado nunca é uma boa razão para rejeitar o genuíno. Pedro nos diz, essencialmente, “Claro que existem Cristãos impostores. Claro que existem mestres que fazem mais mal do que bem à igreja. O que mais você poderia esperar neste mundo caído? Cresça! Não seja ingênuo! Não perca o que é real simplesmente porque você viu o falsificado”.
Aponte para 2 Pedro 2:1 na próxima vez que você encontrar alguém se escondendo por trás dessa desculpa.
Fonte: http://www.thegospelcoalition.org/