Era a lei mecânica, automática? A lei incentivava a violência, a vingança crua? Não! Em Deuteronômio 19.16-21 encontramos informações que exigem equidade nos casos: Quando se levantar testemunha falsa contra alguém, para testificar contra ele acerca de transgressão, então aqueles dois homens, que tiverem a demanda, se apresentarão perante o Senhor, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver naqueles dias. E os juízes inquirirão bem; e eis que, sendo a testemunha falsa, que testificou falsamente contra seu irmão, far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e assim tirarás o mal do meio de ti. Nesta passagem, veremos que os sacerdotes e os juízes deveriam inquirir as testemunhas sobre os muitos detalhes da acusação para que chegassem a um veredicto. A lei fazia distinção entre delito culposo e doloso. Ou seja, se o delito cometido acarretasse em morte e o culpado não tivesse a intenção de matar e/ou simplesmente não pôde evitar o acontecimento, a pessoa era poupada (Êx 35.11-25). Até mesmo o homicida intencional tinha o direito de ser ouvido, com testemunhas (Nm 35.30). Por outro lado, devemos perguntar: que critério alguém deveria usar para vingar os maus-tratos de um adversário? Se um olho fosse arrancado, contentaria o vingador em arrancar apenas um olho da outra pessoa ou excederia, talvez, causando a morte do adversário?
Quantas vezes lemos nos jornais que, por motivos banais, alguém se vinga matando seu ofensor? O que aprendemos então sobre a Lei? Que a Lei de Deus limitava a vingança ao dano causado. A Lei não permitia que um dano fosse retaliado por outro maior. Realmente, a Lei corrigia e limitava o ódio no coração humano, servia como um moderador dos excessos. A Lei não exigia que o dano fosse retaliado na mesma proporção (pois o perdão era o alvo), mas até o limite da proporção. A Lei também demonstrava a gravidade de se praticar o mal contra o próximo. Esta mesma Lei apontava para Cristo, o único que pagou integralmente todos os pecados daqueles que nele exercem fé. Seu sacrifício perfeito nos reconciliou com Deus (Rm 5.8-12). A Lei trouxe à luz o pecado (Rm 5.20), mas a justiça de Deus se manifestou através de Cristo Jesus (Rm 3.21-22).
Fonte: ICP Responde
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