“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.27-28)
A vinda de Jesus Cristo foi uma grande decepção para muitos, em especial para os religiosos judeus, tanto é que nunca o aceitaram como enviado de Deus. A Bíblia declara isso em uma triste frase: “veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (João 1:11). Por qual motivo eles rejeitaram Jesus? A resposta me parece simples e bem destacada nos evangelhos: Jesus não veio do modo como eles esperavam. Por muitos anos os religiosos judeus criaram uma imagem de quem seria o Messias prometido no Antigo Testamento. Queriam um guerreiro que vingasse a tirania dos Romanos sobre os judeus. Esperavam que Jesus fosse membro do partido farisaico e que destacasse os mesmos valores que fizeram da religiosidade judaica uma verdadeira escravidão com suas leis e definições humanas. Quando viram o estilo de Jesus e ouviram sua mensagem não o aceitaram pois Ele não era como haviam por tanto tempo pensado.
Os religiosos judeus haviam se tornado donos da religiosidade judaica. Se sentiam verdadeiros acionistas da fé de um povo e a controlavam como se pudessem legislar sobre a alma e o relacionamento com Deus. Rejeitar Jesus não foi difícil para
eles pois se consideravam superiores àquele homem simples e que encantava a todos com sua mensagem. Mesmo diante de milagres e manifestações de poder legítimos continuaram com sua frieza e indiferença fazendo de Jesus Cristo um inimigo e
considerando-o uma agressão às leis que com o tempo foram sendo formuladas pelos escribas e fariseus.
Mesmo depois de tanto tempo restou ainda esse mesmo pensamento dentro de muitas Igrejas. Há pessoas que ainda se sentem donas da fé, acionistas da Igreja e são capazes de repetir o que os Fariseus fizeram: rejeitar Jesus. Claro que essa rejeição hoje é bem mais educada e vem disfarçada em meio a canções, mensagens e manifestações emocionais. Nem parece rejeição, mas é. Toda vez que alguém toma o lugar de Cristo, exaltando a sim mesmo, buscando ser servido e construindo uma Igreja de acordo com suas próprias preferências está na verdade rejeitando Jesus. O dono da Igreja é Ele e não nós. Nós é que precisamos ouvi-lo e obedecê-lo e não o contrário. Tenho a sincera impressão de que Jesus Cristo não seria aceito como membro de muitas Igrejas de nosso tempo porque já estão cheias de donos que não pensam em Cristo mas em si mesmos.
Quando Jesus viu a situação de seu povo sentiu compaixão e disse que eram como ‘ovelhas que não tem pastor’ (Mateus 9:36). Daí para frente Ele começou a se apresentar a eles como um pastor que cuida de suas ovelhas. Chegou a falar que em um rebanho existem ovelhas e bodes (Mateus 25:32) e em outra ocasião disse que veio buscar as ovelhas perdidas (Mateus 15:24). Por que Jesus utilizou o termo ovelhas? Em minha opinião essa foi a maneira mais direta e contundente de mostrar que Ele é o dono da Igreja e nós devemos submissão e obediência a Ele.
A ovelha por natureza é submissa e aceita a liderança. Ela não se sente dona da situação. Os fariseus não se consideravam ovelhas pois não queriam de modo algum se submeter e deixar de lado sua arrogância e ar de superioridade. Ao se apresentar
como pastor Jesus deixou claro que é Ele e não nós que estamos no controle. E isso é uma bênção! Se somos os donos da Igreja então nós é que tomamos conta de tudo mas se Ele é o dono então é Ele e não nós que tomamos conta. É Ele o responsável maior por tudo e cabe a nós apenas ouvirmos sua voz e obedecermos.
Precisamos reaprender a ser ovelhas. Os religiosos judeus não foram considerados ovelhas mas nós precisamos ser. Aliás a frase “minhas ovelhas” é sem dúvida uma das mais maravilhosas da Bíblia. Antes de pertencermos a uma denominação, de termos um estilo ou de vivenciarmos um modelo somos ‘ovelhas’ de Jesus. Temos um relacionamento com Ele. Os acionistas de Igreja não se relacionam com Cristo mas sim ‘mandam’ Nele fazendo exigências e dando ordens. Não é o caso da ovelha que ouve a voz de Jesus. Ele declarou isso com veemência: “elas ouvem a minha voz.” O quão interessados estamos em ouvir Jesus?
Jesus Cristo conhece as suas ovelhas. Ele disse “eu as conheço.” Ele sabe de nossas carências e fraquezas. Ele sabe o que é ser gente, pois foi como nós. Conhece a humanidade como nenhum outro pois criou o ser humano e assumiu a forma humana. Donos de Igreja não consideram as pessoas a não ser a si mesmos. Não as conhecem e não se importam com elas. São incapazes de sentir a dor alheia e chorar com os que choram.
Se somos ovelhas precisamos seguir ao pastor. Ele disse que suas ovelhas o seguem. Seguir é diferente de contemplar. É diferente de admirar. Seguir é imitar, é observar o exemplo e fazer igual. O Apóstolo Pedro entendeu isso quando declarou: “Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas” (1Pedro 2:21). Há muitos membros de Igreja que fazem com Cristo o que os Fariseus fizeram: ignoram-no. Transformam a Igreja em uma sociedade que exalta bons princípios e boa convivência.
Apenas isso. E Igreja é muito mais do que isso. Igreja é a união de ovelhas que seguem o pastor e o imitam porque sabem que é Ele o dono de suas vidas e quem as presenteará com a vida eterna. Só Jesus pode dar algo tão maravilhoso. Ovelhas
recebem a vida eterna e não os bons ou os religiosos. Donos de Igreja podem dar status ou prêmios humanos mas não a vida eterna. Ovelhas tem a segurança expressa na frase “ninguém as arrebatará da minha mão.” Jesus como pastor cuida de suas
ovelhas melhor do que qualquer homem ou Instituição.
Não somos os donos da Igreja: somos ovelhas. E como tal precisamos seguir nosso pastor. Você tem sido uma ovelha obediente a Jesus? Está consciente de que a Igreja é Dele e não sua ou minha? Ouçamos a voz de nosso pastor, expressa na Bíblia, e o sigamos com toda a dedicação e amor, fazendo Dele e não de nós mesmos o dono da Igreja.
Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez
Pastor Titular da Igreja Batista Betel
Fonte: http://prgimenez.dominiotemporario.com
A vinda de Jesus Cristo foi uma grande decepção para muitos, em especial para os religiosos judeus, tanto é que nunca o aceitaram como enviado de Deus. A Bíblia declara isso em uma triste frase: “veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (João 1:11). Por qual motivo eles rejeitaram Jesus? A resposta me parece simples e bem destacada nos evangelhos: Jesus não veio do modo como eles esperavam. Por muitos anos os religiosos judeus criaram uma imagem de quem seria o Messias prometido no Antigo Testamento. Queriam um guerreiro que vingasse a tirania dos Romanos sobre os judeus. Esperavam que Jesus fosse membro do partido farisaico e que destacasse os mesmos valores que fizeram da religiosidade judaica uma verdadeira escravidão com suas leis e definições humanas. Quando viram o estilo de Jesus e ouviram sua mensagem não o aceitaram pois Ele não era como haviam por tanto tempo pensado.
Os religiosos judeus haviam se tornado donos da religiosidade judaica. Se sentiam verdadeiros acionistas da fé de um povo e a controlavam como se pudessem legislar sobre a alma e o relacionamento com Deus. Rejeitar Jesus não foi difícil para
eles pois se consideravam superiores àquele homem simples e que encantava a todos com sua mensagem. Mesmo diante de milagres e manifestações de poder legítimos continuaram com sua frieza e indiferença fazendo de Jesus Cristo um inimigo e
considerando-o uma agressão às leis que com o tempo foram sendo formuladas pelos escribas e fariseus.
Mesmo depois de tanto tempo restou ainda esse mesmo pensamento dentro de muitas Igrejas. Há pessoas que ainda se sentem donas da fé, acionistas da Igreja e são capazes de repetir o que os Fariseus fizeram: rejeitar Jesus. Claro que essa rejeição hoje é bem mais educada e vem disfarçada em meio a canções, mensagens e manifestações emocionais. Nem parece rejeição, mas é. Toda vez que alguém toma o lugar de Cristo, exaltando a sim mesmo, buscando ser servido e construindo uma Igreja de acordo com suas próprias preferências está na verdade rejeitando Jesus. O dono da Igreja é Ele e não nós. Nós é que precisamos ouvi-lo e obedecê-lo e não o contrário. Tenho a sincera impressão de que Jesus Cristo não seria aceito como membro de muitas Igrejas de nosso tempo porque já estão cheias de donos que não pensam em Cristo mas em si mesmos.
Quando Jesus viu a situação de seu povo sentiu compaixão e disse que eram como ‘ovelhas que não tem pastor’ (Mateus 9:36). Daí para frente Ele começou a se apresentar a eles como um pastor que cuida de suas ovelhas. Chegou a falar que em um rebanho existem ovelhas e bodes (Mateus 25:32) e em outra ocasião disse que veio buscar as ovelhas perdidas (Mateus 15:24). Por que Jesus utilizou o termo ovelhas? Em minha opinião essa foi a maneira mais direta e contundente de mostrar que Ele é o dono da Igreja e nós devemos submissão e obediência a Ele.
A ovelha por natureza é submissa e aceita a liderança. Ela não se sente dona da situação. Os fariseus não se consideravam ovelhas pois não queriam de modo algum se submeter e deixar de lado sua arrogância e ar de superioridade. Ao se apresentar
como pastor Jesus deixou claro que é Ele e não nós que estamos no controle. E isso é uma bênção! Se somos os donos da Igreja então nós é que tomamos conta de tudo mas se Ele é o dono então é Ele e não nós que tomamos conta. É Ele o responsável maior por tudo e cabe a nós apenas ouvirmos sua voz e obedecermos.
Precisamos reaprender a ser ovelhas. Os religiosos judeus não foram considerados ovelhas mas nós precisamos ser. Aliás a frase “minhas ovelhas” é sem dúvida uma das mais maravilhosas da Bíblia. Antes de pertencermos a uma denominação, de termos um estilo ou de vivenciarmos um modelo somos ‘ovelhas’ de Jesus. Temos um relacionamento com Ele. Os acionistas de Igreja não se relacionam com Cristo mas sim ‘mandam’ Nele fazendo exigências e dando ordens. Não é o caso da ovelha que ouve a voz de Jesus. Ele declarou isso com veemência: “elas ouvem a minha voz.” O quão interessados estamos em ouvir Jesus?
Jesus Cristo conhece as suas ovelhas. Ele disse “eu as conheço.” Ele sabe de nossas carências e fraquezas. Ele sabe o que é ser gente, pois foi como nós. Conhece a humanidade como nenhum outro pois criou o ser humano e assumiu a forma humana. Donos de Igreja não consideram as pessoas a não ser a si mesmos. Não as conhecem e não se importam com elas. São incapazes de sentir a dor alheia e chorar com os que choram.
Se somos ovelhas precisamos seguir ao pastor. Ele disse que suas ovelhas o seguem. Seguir é diferente de contemplar. É diferente de admirar. Seguir é imitar, é observar o exemplo e fazer igual. O Apóstolo Pedro entendeu isso quando declarou: “Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas” (1Pedro 2:21). Há muitos membros de Igreja que fazem com Cristo o que os Fariseus fizeram: ignoram-no. Transformam a Igreja em uma sociedade que exalta bons princípios e boa convivência.
Apenas isso. E Igreja é muito mais do que isso. Igreja é a união de ovelhas que seguem o pastor e o imitam porque sabem que é Ele o dono de suas vidas e quem as presenteará com a vida eterna. Só Jesus pode dar algo tão maravilhoso. Ovelhas
recebem a vida eterna e não os bons ou os religiosos. Donos de Igreja podem dar status ou prêmios humanos mas não a vida eterna. Ovelhas tem a segurança expressa na frase “ninguém as arrebatará da minha mão.” Jesus como pastor cuida de suas
ovelhas melhor do que qualquer homem ou Instituição.
Não somos os donos da Igreja: somos ovelhas. E como tal precisamos seguir nosso pastor. Você tem sido uma ovelha obediente a Jesus? Está consciente de que a Igreja é Dele e não sua ou minha? Ouçamos a voz de nosso pastor, expressa na Bíblia, e o sigamos com toda a dedicação e amor, fazendo Dele e não de nós mesmos o dono da Igreja.
Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez
Pastor Titular da Igreja Batista Betel
Fonte: http://prgimenez.dominiotemporario.com
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