Duas citações do Corão demonstram como este pode ser usado para fundamentar duas visões bem diferentes do papel da mulher: "Os homens têm autoridade sobre as mulheres porque Deus os fez superiores a elas" (sura 4:31). "As mulheres devem, por justiça, ter direitos semelhantes àqueles exercidos contra elas" (sura 2:228).
O contraste no tratamento de homens e mulheres é visível numa série de áreas da vida social, sobretudo nas leis relativas ao casamento. Mas, como muitos estudiosos islâmicos já indicaram, há também uma série de leis que protegem as mulheres dentro do casamento. Quando o contrato de casamento é assinado, o marido paga um dote que permanece propriedade da esposa e não pode ser usado sem o consentimento dela.
A mulher só pode ter um marido, ao passo que os homens podem ter até quatro esposas. A poligamia para os homens não era rara no Oriente Médio na época de Maomé. A exigência deste de que um homem não deve tomar mais esposas do que pode sustentar teve muitos efeitos positivos em sua época. Hoje, a poligamia é proibida na Turquia e na Tunísia.
O divórcio é possível, mas apenas quando iniciado pelo marido, que é responsável pelo lado financeiro do casamento. Há regras e condições abrangentes destinadas a evitar o excesso de facilidades para o divórcio, o qual, segundo Maomé, é "a atividade legal menos preferida por Deus". O índice de divórcios nos países árabes é o mais alto do mundo.
O marido também tem o direito de punir fisicamente a esposa se ela for desobediente. "Quanto àquelas de quem temes desobediência, deves admoestá-las, enviá-las a uma cama separada e bater nelas", diz a sura 4.
Diferentemente da circuncisão para os homens, a excisão do clitóris (mutilação genital feminina) não é obrigatória para as mulheres; tampouco se menciona tal mutilação no Corão. Mesmo assim, ela é praticada com freqüência no Norte da África. Nos anos recentes, porém, vem encontrando forte oposição por causa de seus efeitos negativos sobre a vida sexual da mulher.
Nem mesmo a tradição de usar véu, ou chador, deriva do Corão, mas ela se difundiu por amplas áreas geográficas, independentemente da religião. Em sua origem, tal moda se limitava às classes superiores, não tendo penetração na sociedade agrícola, onde as mulheres deviam trabalhar no campo. A luta contra o véu vem sendo uma questão predominante na modernização de muitas nações árabes; entretanto, o reavivamento islâmico dos anos recentes também fortaleceu o apoio ao véu.
Extraído de "O Livro das Religiões"
De Victor Hellern, Henry Notaker e Jostein Gaaeder
O contraste no tratamento de homens e mulheres é visível numa série de áreas da vida social, sobretudo nas leis relativas ao casamento. Mas, como muitos estudiosos islâmicos já indicaram, há também uma série de leis que protegem as mulheres dentro do casamento. Quando o contrato de casamento é assinado, o marido paga um dote que permanece propriedade da esposa e não pode ser usado sem o consentimento dela.
A mulher só pode ter um marido, ao passo que os homens podem ter até quatro esposas. A poligamia para os homens não era rara no Oriente Médio na época de Maomé. A exigência deste de que um homem não deve tomar mais esposas do que pode sustentar teve muitos efeitos positivos em sua época. Hoje, a poligamia é proibida na Turquia e na Tunísia.
O divórcio é possível, mas apenas quando iniciado pelo marido, que é responsável pelo lado financeiro do casamento. Há regras e condições abrangentes destinadas a evitar o excesso de facilidades para o divórcio, o qual, segundo Maomé, é "a atividade legal menos preferida por Deus". O índice de divórcios nos países árabes é o mais alto do mundo.
O marido também tem o direito de punir fisicamente a esposa se ela for desobediente. "Quanto àquelas de quem temes desobediência, deves admoestá-las, enviá-las a uma cama separada e bater nelas", diz a sura 4.
Diferentemente da circuncisão para os homens, a excisão do clitóris (mutilação genital feminina) não é obrigatória para as mulheres; tampouco se menciona tal mutilação no Corão. Mesmo assim, ela é praticada com freqüência no Norte da África. Nos anos recentes, porém, vem encontrando forte oposição por causa de seus efeitos negativos sobre a vida sexual da mulher.
Nem mesmo a tradição de usar véu, ou chador, deriva do Corão, mas ela se difundiu por amplas áreas geográficas, independentemente da religião. Em sua origem, tal moda se limitava às classes superiores, não tendo penetração na sociedade agrícola, onde as mulheres deviam trabalhar no campo. A luta contra o véu vem sendo uma questão predominante na modernização de muitas nações árabes; entretanto, o reavivamento islâmico dos anos recentes também fortaleceu o apoio ao véu.
Extraído de "O Livro das Religiões"
De Victor Hellern, Henry Notaker e Jostein Gaaeder
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