Jó foi uma pessoa real, e não um mito como querem alguns, uma vez que é citado em Ezequiel 14:20 e Tiago 5:11. Viveu na terra de Uz, que segundo a maioria dos comentaristas bíblicos, seria uma região provavelmente localizada ao noroeste de Israel entre a cidade de Damasco e o Rio Eufrates. Melhor ficar com a localização dada pelo Profeta Jeremias que situa a Terra de Uz como sendo Edom, herança dos descendentes de Esaú: “Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom, que habitas na terra de Uz” (Lm 4:21)
Jó faz parte dos chamados livros poéticos da Bíblia, e assim, como é próprio da alegoria poética, a narrativa explora em mínimos detalhes e à exaustão as convicções dos personagens nela retratados.
Quanto à cronologia de Jó, só podemos especular sobre o assunto, uma vez que há poucos indícios que favoreçam o reconhecimento de sua época. O livro menciona o Egito, o papiro, a quesita como dinheiro, etc. Jó 42:11 bem como Josué 24:32 fazem menção à quesita, um lingote de prata utilizado como dinheiro, o que poderia vincular o tempo de Jó a um período certamente anterior a Josué. A maioria das traduções para “quesita” se referem genericamente a “dinheiro”. Para certificar-se da tradução correta veja as referidas passagens na Concordância de Strong. Mas estes elementos não são em si suficientes para identificar seu tempo.
Um dado que poderia nos orientar quanto à data de sua existência se refere à duração de sua vida, supostamente 210 anos, conforme veremos adiante.
Se de fato Jó viveu 210 anos, poderíamos situá-lo próximo à geração de Tera, pai de Abraão. Dados que podem nos sugerir esta hipótese podem ser consultados no capítulo que trata sobre a duração das vidas dos homens antes e depois do dilúvio. Conforme analisamos neste capítulo, há, a partir do dilúvio, um decréscimo progressivo na duração da vida, de maneira que se pode estimar que nos dias de Tera, o tempo médio de vida seria de pouco mais que 200 anos.
Neste caso, Jó teria sido por bom tempo contemporâneo de Eber, Pelegue, Reú, Serugue, Naor, Tera, e do próprio Noé, através de quem poderia ter se instruído sobre Deus.
Os livros apócrifos não mencionam Jó, embora citem homônimos.
Várias teorias dissertam sobre sua vida, e naturalmente todas têm pontos fortes e fracos quanto sua validade, mas entre elas destacamos uma, da tradição judaica, por entender que se não é a expressão da verdade, tem seu valor como simbolismo didático.
A Seder Olam Rabbah, conforme vimos, interpreta as datas bíblicas desde a criação do homem até o período persa. Relatamos abaixo, seu capítulo de número 3 intitulado “Pacto e Escravidão” com o intuito tanto de mostrar seu estilo literário, quanto mostrar uma interessante analogia entre o tempo de Israel no Egito e a vida de Jó. Diz o seguinte:
“Foi dito ao nosso pai Abraão (Gn 15:13) no Pacto entre as Partes: Deves certamente saber que tua semente será estranha em terra estrangeira por quatrocentos anos. Quem é a semente? É Isaque (Gn 21:12), de quem é dito: Porque Isaque será chamado tua semente.
Sobre Isaque (Gn 25:26) é dito: Isaque tinha sessenta anos quando eles nasceram (Jacó e Esaú). Nosso patriarca Jacó (Gn 47:9) disse a Faraó: Os dias dos anos de minha caminhada são cento e trinta anos.
Fazem juntos 190 anos, e deixam 210 anos, um sinal do tempo de duração da vida de Jó (Jó 42:16), que foi nascido naquele tempo, conforme dito: Jó viveu depois disto 140 anos (Jó: 42:10) e é dito: O Eterno deu a Jó o dobro de tudo que Jó possuía. Isto significa que Jó nasceu quando Israel desceu ao Egito e morreu quando sairam.”
Quanto aos anos, o cálculo seria este: se Deus dobrou tudo quanto Jó tinha, dobrou também seu tempo de vida, e se Jó viveu depois de seu sofrimento 140 anos, logo se conclui que teria 70 anos na ocasião, totalizando, desta forma, 210 anos a sua idade ao falecer. Assim interpretam tanto a Seder Olam quanto o Talmude.
Note-se que há fundamento bíblico para tal afirmação. Gn 46, no contexto que nomeia todos os familiares de Jacó que desceram ao Egito relaciona um certo Jó, nos seguintes termos: “E os filhos de Issacar: Tola, Puva, Jó e Sinrom.” (Gn 46:13).
Grande parte das datas aceitas pelo Talmude, tanto o babilônico, quanto o de Jerusalém, são extraídas da Seder Olam, e tanto em uma quanto outra fonte se encontram comentários de diversos rabis sobre um ou outro ponto de discussão sobre Jó.
Um rabi pode contestar outro e dar um ponto de vista diferente sobre o assunto, sem que isto invalide uma opinião divergente, devendo todas as interpretações ser acatadas dentro de um espírito de liberdade de expressão. Um exemplo disto é uma afirmativa do Rabi Yose Bar Halaphta, que interpreta que o sofrimento de Jó teria durado não mais que um ano, e que este tempo seria como uma espécie de bode espiatório para distrair Satanás do plano de Deus de tirar Israel do Egito.
Tal interpretação é contestada por vários rabinos, com o argumento de que Satanás estaria de qualquer forma livre por 209 anos para se dedicar ao assunto. Seria mais válida a afirmativa, caso o ano de sofrimento de Jó fosse de alguma forma coincidente com o ano das pragas trazidas por Moisés ao Egito, mas de fato, se acatadas estas datas, o sofrimento de Jó seria coincidente com um tempo em que José estaria ainda vivo, muito tempo antes das pragas.
De qualquer maneira, a duração da vida de Jó, 210 anos, é um excelente ponto de referência para que se lembre que entre a ida de Israel para o Egito e o Êxodo, duzentos e dez anos se passaram, não quatrocentos.
O Talmude, embora não mencione os 210 anos literalmente, concorda com o cálculo. Há porém, que tanto o Talmude Babilônico, quanto o de Jerusalém reputam Jó como ficção literária.
Ezequiel entende Jó como personagem real, de acordo com Ez 14:12-14: “Veio ainda a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim, se rebelando gravemente, então estenderei a minha mão contra ela, e lhe quebrarei o sustento do pão, e enviarei contra ela fome, e cortarei dela homens e animais. Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrariam apenas as suas almas, diz o Senhor DEUS.”
Jó é também citado por Tiago que o entende como personagem real e não ficção literária: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” (Tg 5:11)”
Seria Jó o primeiro livro escrito da Bíblia?
É aceito, tanto pelo Talmude, como pela maioria dos rabinos, como também pela maioria dos teólogos cristãos que Jó seja o primeiro livro escrito da Bíblia.
Jó teria vivido num tempo que coincide com a era dos patriarcas, possivelmente próximo à geração de Abraão. A suposta idade de Jó ao falecer coincide com as idades médias da geração de Tera, pai de Abraão.
Duas passagens de Jó, a saber, Jó 1:5 e Jó 42:8 mostram um costume do tempo dos patriarcas, qual seja, oferecer sacrifícios a Deus. Também naquele tempo os chefes de família recebiam instruções de Deus, conforme ocorre em Jó 38:1 e capítulos seguintes.
Um dos maiores indícios para se afirmar a primazia de Jó é o fato de Jó ser anterior a Lei de Moisés, uma vez que todos os diálogos protagonizados por seus amigos apontam para algum suposto pecado cometido contra Deus, sem no entanto referir a qualquer lei ou mandamento de Moisés.
Não há no livro nenhuma referência a Abraão, Israel, Moisés, juízes, reis ou profetas de Israel, nem tampouco a Lei é mencionada.
Não há indícios de que a idolatria houvesse se espalhado, o que se verifica nas referência ao Deus da Criação. (Jó 27:3 e 33:4-6)
O livro mostra qual seria o panorama histórico de Jó, o conhecimento de fatos de gerações passadas, atendo-se exclusivamente a acontecimentos anteriores a Abraão, como por exemplo faz referências a fatos próximos à criação em Jó 9:-8-9; Jó 12:7-10, Jó 26:13 e Jó 38:4. Refere-se ainda insistentemente à queda do homem conforme: Jó 31:33; Jó 31:40; Jó 34:14-15. Refere-se ao dilúvio em Jó 12: 14-15 e Jó 22:15-17. Refere-se ao pacto de Noé com Deus em Jó 26:10 e Jó 38:8-11. São todas evidências de que Jó viveu neste tempo, desconhecendo a história futura.
Quanto à geografia, Jó se refere às nações antigas tais como os caldeus em Jó 1:17, Cush ou Etiópia, em Jó 28:19, Ofir em Jó 28:16, Sabeus em Jó 1:15, Sabá em Jó 6:19 e Uz, em Jó 1:1. Não se refere a povos que surgirão mais adiante na história, como filisteus, cananeus, etc.
Pessoas mencionadas no livro possuem nomes contemporâneos a Abraão, como por exemplo Tema, citado em Jó 6:19, que conforme Gênesis 25:15, era filho de Ismael.
Um dos amigos de Jó, Elifaz, era temanita, descendente de Teman, filho de Esaú, conforme se lê em Gênesis 36:15.
Bildade, o outro amigo, era suíta, descendente, portanto, de Abraão e Quetura, conforme Gênesis 25:2.
Jó 32:2 menciona Baraquel, o buzita, que conforme Gênesis 22:21 seria sobrinho de Abraão.
Veja que para quem aceita que Gênesis tenha sido escrito anteriormente a Jó, que Jó não faz nenhuma menção a Gênesis e
Gênesis faz várias a Jó.
Seria, desta forma, razoável datar Jó em cerca de 2.000 AC, enquanto Moisés só nasceria 500 anos depois.
Fonte: https://cronologiadabiblia.wordpress.com/2010/12/29/o-livro-de-jo/
Jó faz parte dos chamados livros poéticos da Bíblia, e assim, como é próprio da alegoria poética, a narrativa explora em mínimos detalhes e à exaustão as convicções dos personagens nela retratados.
Quanto à cronologia de Jó, só podemos especular sobre o assunto, uma vez que há poucos indícios que favoreçam o reconhecimento de sua época. O livro menciona o Egito, o papiro, a quesita como dinheiro, etc. Jó 42:11 bem como Josué 24:32 fazem menção à quesita, um lingote de prata utilizado como dinheiro, o que poderia vincular o tempo de Jó a um período certamente anterior a Josué. A maioria das traduções para “quesita” se referem genericamente a “dinheiro”. Para certificar-se da tradução correta veja as referidas passagens na Concordância de Strong. Mas estes elementos não são em si suficientes para identificar seu tempo.
Um dado que poderia nos orientar quanto à data de sua existência se refere à duração de sua vida, supostamente 210 anos, conforme veremos adiante.
Se de fato Jó viveu 210 anos, poderíamos situá-lo próximo à geração de Tera, pai de Abraão. Dados que podem nos sugerir esta hipótese podem ser consultados no capítulo que trata sobre a duração das vidas dos homens antes e depois do dilúvio. Conforme analisamos neste capítulo, há, a partir do dilúvio, um decréscimo progressivo na duração da vida, de maneira que se pode estimar que nos dias de Tera, o tempo médio de vida seria de pouco mais que 200 anos.
Neste caso, Jó teria sido por bom tempo contemporâneo de Eber, Pelegue, Reú, Serugue, Naor, Tera, e do próprio Noé, através de quem poderia ter se instruído sobre Deus.
Os livros apócrifos não mencionam Jó, embora citem homônimos.
Várias teorias dissertam sobre sua vida, e naturalmente todas têm pontos fortes e fracos quanto sua validade, mas entre elas destacamos uma, da tradição judaica, por entender que se não é a expressão da verdade, tem seu valor como simbolismo didático.
A Seder Olam Rabbah, conforme vimos, interpreta as datas bíblicas desde a criação do homem até o período persa. Relatamos abaixo, seu capítulo de número 3 intitulado “Pacto e Escravidão” com o intuito tanto de mostrar seu estilo literário, quanto mostrar uma interessante analogia entre o tempo de Israel no Egito e a vida de Jó. Diz o seguinte:
“Foi dito ao nosso pai Abraão (Gn 15:13) no Pacto entre as Partes: Deves certamente saber que tua semente será estranha em terra estrangeira por quatrocentos anos. Quem é a semente? É Isaque (Gn 21:12), de quem é dito: Porque Isaque será chamado tua semente.
Sobre Isaque (Gn 25:26) é dito: Isaque tinha sessenta anos quando eles nasceram (Jacó e Esaú). Nosso patriarca Jacó (Gn 47:9) disse a Faraó: Os dias dos anos de minha caminhada são cento e trinta anos.
Fazem juntos 190 anos, e deixam 210 anos, um sinal do tempo de duração da vida de Jó (Jó 42:16), que foi nascido naquele tempo, conforme dito: Jó viveu depois disto 140 anos (Jó: 42:10) e é dito: O Eterno deu a Jó o dobro de tudo que Jó possuía. Isto significa que Jó nasceu quando Israel desceu ao Egito e morreu quando sairam.”
Quanto aos anos, o cálculo seria este: se Deus dobrou tudo quanto Jó tinha, dobrou também seu tempo de vida, e se Jó viveu depois de seu sofrimento 140 anos, logo se conclui que teria 70 anos na ocasião, totalizando, desta forma, 210 anos a sua idade ao falecer. Assim interpretam tanto a Seder Olam quanto o Talmude.
Note-se que há fundamento bíblico para tal afirmação. Gn 46, no contexto que nomeia todos os familiares de Jacó que desceram ao Egito relaciona um certo Jó, nos seguintes termos: “E os filhos de Issacar: Tola, Puva, Jó e Sinrom.” (Gn 46:13).
Grande parte das datas aceitas pelo Talmude, tanto o babilônico, quanto o de Jerusalém, são extraídas da Seder Olam, e tanto em uma quanto outra fonte se encontram comentários de diversos rabis sobre um ou outro ponto de discussão sobre Jó.
Um rabi pode contestar outro e dar um ponto de vista diferente sobre o assunto, sem que isto invalide uma opinião divergente, devendo todas as interpretações ser acatadas dentro de um espírito de liberdade de expressão. Um exemplo disto é uma afirmativa do Rabi Yose Bar Halaphta, que interpreta que o sofrimento de Jó teria durado não mais que um ano, e que este tempo seria como uma espécie de bode espiatório para distrair Satanás do plano de Deus de tirar Israel do Egito.
Tal interpretação é contestada por vários rabinos, com o argumento de que Satanás estaria de qualquer forma livre por 209 anos para se dedicar ao assunto. Seria mais válida a afirmativa, caso o ano de sofrimento de Jó fosse de alguma forma coincidente com o ano das pragas trazidas por Moisés ao Egito, mas de fato, se acatadas estas datas, o sofrimento de Jó seria coincidente com um tempo em que José estaria ainda vivo, muito tempo antes das pragas.
De qualquer maneira, a duração da vida de Jó, 210 anos, é um excelente ponto de referência para que se lembre que entre a ida de Israel para o Egito e o Êxodo, duzentos e dez anos se passaram, não quatrocentos.
O Talmude, embora não mencione os 210 anos literalmente, concorda com o cálculo. Há porém, que tanto o Talmude Babilônico, quanto o de Jerusalém reputam Jó como ficção literária.
Ezequiel entende Jó como personagem real, de acordo com Ez 14:12-14: “Veio ainda a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim, se rebelando gravemente, então estenderei a minha mão contra ela, e lhe quebrarei o sustento do pão, e enviarei contra ela fome, e cortarei dela homens e animais. Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrariam apenas as suas almas, diz o Senhor DEUS.”
Jó é também citado por Tiago que o entende como personagem real e não ficção literária: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” (Tg 5:11)”
Seria Jó o primeiro livro escrito da Bíblia?
É aceito, tanto pelo Talmude, como pela maioria dos rabinos, como também pela maioria dos teólogos cristãos que Jó seja o primeiro livro escrito da Bíblia.
Jó teria vivido num tempo que coincide com a era dos patriarcas, possivelmente próximo à geração de Abraão. A suposta idade de Jó ao falecer coincide com as idades médias da geração de Tera, pai de Abraão.
Duas passagens de Jó, a saber, Jó 1:5 e Jó 42:8 mostram um costume do tempo dos patriarcas, qual seja, oferecer sacrifícios a Deus. Também naquele tempo os chefes de família recebiam instruções de Deus, conforme ocorre em Jó 38:1 e capítulos seguintes.
Um dos maiores indícios para se afirmar a primazia de Jó é o fato de Jó ser anterior a Lei de Moisés, uma vez que todos os diálogos protagonizados por seus amigos apontam para algum suposto pecado cometido contra Deus, sem no entanto referir a qualquer lei ou mandamento de Moisés.
Não há no livro nenhuma referência a Abraão, Israel, Moisés, juízes, reis ou profetas de Israel, nem tampouco a Lei é mencionada.
Não há indícios de que a idolatria houvesse se espalhado, o que se verifica nas referência ao Deus da Criação. (Jó 27:3 e 33:4-6)
O livro mostra qual seria o panorama histórico de Jó, o conhecimento de fatos de gerações passadas, atendo-se exclusivamente a acontecimentos anteriores a Abraão, como por exemplo faz referências a fatos próximos à criação em Jó 9:-8-9; Jó 12:7-10, Jó 26:13 e Jó 38:4. Refere-se ainda insistentemente à queda do homem conforme: Jó 31:33; Jó 31:40; Jó 34:14-15. Refere-se ao dilúvio em Jó 12: 14-15 e Jó 22:15-17. Refere-se ao pacto de Noé com Deus em Jó 26:10 e Jó 38:8-11. São todas evidências de que Jó viveu neste tempo, desconhecendo a história futura.
Quanto à geografia, Jó se refere às nações antigas tais como os caldeus em Jó 1:17, Cush ou Etiópia, em Jó 28:19, Ofir em Jó 28:16, Sabeus em Jó 1:15, Sabá em Jó 6:19 e Uz, em Jó 1:1. Não se refere a povos que surgirão mais adiante na história, como filisteus, cananeus, etc.
Pessoas mencionadas no livro possuem nomes contemporâneos a Abraão, como por exemplo Tema, citado em Jó 6:19, que conforme Gênesis 25:15, era filho de Ismael.
Um dos amigos de Jó, Elifaz, era temanita, descendente de Teman, filho de Esaú, conforme se lê em Gênesis 36:15.
Bildade, o outro amigo, era suíta, descendente, portanto, de Abraão e Quetura, conforme Gênesis 25:2.
Jó 32:2 menciona Baraquel, o buzita, que conforme Gênesis 22:21 seria sobrinho de Abraão.
Veja que para quem aceita que Gênesis tenha sido escrito anteriormente a Jó, que Jó não faz nenhuma menção a Gênesis e
Gênesis faz várias a Jó.
Seria, desta forma, razoável datar Jó em cerca de 2.000 AC, enquanto Moisés só nasceria 500 anos depois.
Fonte: https://cronologiadabiblia.wordpress.com/2010/12/29/o-livro-de-jo/
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