1. Porque com o Livro de Malaquias (Último do Antigo testamento) , o Cânon bíblico havia se encerrado:
Depois de aproximadamente 435 a.C não houve mais acréscimos ao cânon do Antigo Testamento. A história do povo judeu foi registrada em outros escritos, mas eles não foram considerados dignos de inclusão na coleção das palavras de Deus que vinham dos anos anteriores, como 1 Macabeus: (100 a.c.); Josefo: (37/38 d.C.); a literatura rabínica, os Manuscritos do Mar Morto.
Os judeus estavam de acordo em que acréscimos ao cânon do Antigo Testamento tinham cessado após os dias de Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias. A ausência completa de referência à outra literatura como palavra autorizada por Deus e as referências muito freqüentes a centenas de passagens no Antigo Testamento como dotadas de autoridade divina confirmam com grande força o fato de que os autores do Novo Testamento concordavam em que o cânon do Antigo Testamento, devia ser aceito como a verdadeira palavra de Deus.
2. Porque a Inclusão dos Apócrifos foi acidental:
A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão dos judeus por todo o império Greco - macedônico. Pelo ano 300 antes de Cristo, a colônia de judeus na cidade de Alexandria, Egito, era numerosa, forte e fluente. Morrendo Alexandre, seu domínio dividiu - se em quatro reinos, ficando o Egito sob a dinastia dos Ptolomeus. O segundo deles, Ptolomeu Filadelfo, foi grande amante das letras e preocupou - se com enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Muitos livros foram traduzidos para o grego. Naturalmente, as Escrituras Sagradas do povo hebreu foram levadas em conta, apreciando – se também a grande importância que teria a tradução da Bíblia de seus antepassados da Palestina para os judeus cuja língua vernácula era o grego. Segundo um relato de Josefo, o Sumo Sacerdote de Jerusalém, Eleazar, enviou, a pedido de Ptolomeu Filadelfo, uma embaixada de 72 tradutores a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o Pentateuco. A tradução continuou depois, não se completando senão no ano 150 antes de Cristo. Esta tradução, que se conhece com o nome de Septuaginta, ou Versão dos Setenta (por terem sido 70, em número redondo, seus tradutores), foi aceita pelo Sinédrio judaico de Alexandria; mas, não havendo tanto zelo ali como na Palestina e devido às tendências helenistas contemporâneas, os tradutores alexandrinos fizeram adições e alterações e, finalmente, sete dos Livros Apócrifos foram acrescentados ao texto grego como Apêndice do Velho Testamento.
Os estudiosos acham que foram unidos à Bíblia, por serem guardados juntamente com os rolos de livros canônicos, e quando foram iniciados os Códices, isto é, a escrituração da Bíblia inteira em um só volume, alguns escribas copiaram certos rolos apócrifos juntamente com os rolos canônicos.
Estes livros têm a importância de refletir o estado do povo judeu e o caráter de sua vida intelectual e religiosa durante as épocas que representam do período intertestamentário (entre Malaquias e João Batista, de 400 anos); é, talvez, por estas razões que os tradutores os juntaram ao texto grego da Bíblia, mas os judeus daPalestina nunca os aceitaram no cânon de seus livros sagrados.
3. Os apócrifos contêm Lendas:
Tobias 6.1 – 4 - “Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou - se a mim. E o anjo disse - lhe: Pega - lhe pelas guelras, e puxa - o para ti. Então, puxou para terra, e o começou a palpitar a seus pés.”
4. Os apócrifos contêm Erros Históricos e Geográficos:
Por exemplo, a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (Tb. 1:15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (Tb.14:15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares. Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes. [Em 2 Macabeus] há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos,que refletem ignorância e confusão.
5. Os apócrifos contêm Heresias:
TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael. Ensina a justificação pelas obras (4:7 - 11; 12:8), mediação dos santos (12:12), superstições (6:5, 7 - 9, 19), e até um anjo que engana Tobias e o ensina a mentir (5:16 a 19).
JUDITE - (150 a.C.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando - o. Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.
BARUQUE - (100 a.D.) – Apresenta - se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. A data é muito posterior, quando da 2ª destruição de Jerusalém, antes de Cristo. Seu principal erro é o ensino da intercessão pelos mortos (3:4).
ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias: justificação pelas obras (3:33,34), trato cruel aos escravos (33:26 e 30; 42:1 e 5),incentiva o ódio aos Samaritanos (50:27 e 28).
SABEDORIA DE SALOMAO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã). Apresenta: o corpo como prisão da alma (9:15), doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma (8:19 e 20), salvação pela sabedoria (9:19).
I MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da família “Macabeus”, que no chamado período ínterbíblico (400 a.C. 3 a.D) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.
II MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação do I Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu. Apresenta: a oração pelos mortos (12:44 - 46), culto e missa pelos mortos (12:43), o próprio autor não se julga inspirado (15:38 - 40; 2:25 - 27), intercessão pelos Santos (7:28 e 15:14).
ADIÇÕES A DANIEL: Cap.13 - A história de Suzana - Nesta lenda Daniel salva Suzana num julgamento fictício de falsos testemunhos. Cap.14 - Bel e o Dragão – Fala sobre a necessidade da idolatria; cap. 3:24 – 90 - o cântico dos 3 jovens na fornalha.
Apostila de Estudos Bíblicos
Fonte: somosdecristo.com.br
Depois de aproximadamente 435 a.C não houve mais acréscimos ao cânon do Antigo Testamento. A história do povo judeu foi registrada em outros escritos, mas eles não foram considerados dignos de inclusão na coleção das palavras de Deus que vinham dos anos anteriores, como 1 Macabeus: (100 a.c.); Josefo: (37/38 d.C.); a literatura rabínica, os Manuscritos do Mar Morto.
Os judeus estavam de acordo em que acréscimos ao cânon do Antigo Testamento tinham cessado após os dias de Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias. A ausência completa de referência à outra literatura como palavra autorizada por Deus e as referências muito freqüentes a centenas de passagens no Antigo Testamento como dotadas de autoridade divina confirmam com grande força o fato de que os autores do Novo Testamento concordavam em que o cânon do Antigo Testamento, devia ser aceito como a verdadeira palavra de Deus.
2. Porque a Inclusão dos Apócrifos foi acidental:
A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão dos judeus por todo o império Greco - macedônico. Pelo ano 300 antes de Cristo, a colônia de judeus na cidade de Alexandria, Egito, era numerosa, forte e fluente. Morrendo Alexandre, seu domínio dividiu - se em quatro reinos, ficando o Egito sob a dinastia dos Ptolomeus. O segundo deles, Ptolomeu Filadelfo, foi grande amante das letras e preocupou - se com enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Muitos livros foram traduzidos para o grego. Naturalmente, as Escrituras Sagradas do povo hebreu foram levadas em conta, apreciando – se também a grande importância que teria a tradução da Bíblia de seus antepassados da Palestina para os judeus cuja língua vernácula era o grego. Segundo um relato de Josefo, o Sumo Sacerdote de Jerusalém, Eleazar, enviou, a pedido de Ptolomeu Filadelfo, uma embaixada de 72 tradutores a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o Pentateuco. A tradução continuou depois, não se completando senão no ano 150 antes de Cristo. Esta tradução, que se conhece com o nome de Septuaginta, ou Versão dos Setenta (por terem sido 70, em número redondo, seus tradutores), foi aceita pelo Sinédrio judaico de Alexandria; mas, não havendo tanto zelo ali como na Palestina e devido às tendências helenistas contemporâneas, os tradutores alexandrinos fizeram adições e alterações e, finalmente, sete dos Livros Apócrifos foram acrescentados ao texto grego como Apêndice do Velho Testamento.
Os estudiosos acham que foram unidos à Bíblia, por serem guardados juntamente com os rolos de livros canônicos, e quando foram iniciados os Códices, isto é, a escrituração da Bíblia inteira em um só volume, alguns escribas copiaram certos rolos apócrifos juntamente com os rolos canônicos.
Estes livros têm a importância de refletir o estado do povo judeu e o caráter de sua vida intelectual e religiosa durante as épocas que representam do período intertestamentário (entre Malaquias e João Batista, de 400 anos); é, talvez, por estas razões que os tradutores os juntaram ao texto grego da Bíblia, mas os judeus daPalestina nunca os aceitaram no cânon de seus livros sagrados.
3. Os apócrifos contêm Lendas:
Tobias 6.1 – 4 - “Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou - se a mim. E o anjo disse - lhe: Pega - lhe pelas guelras, e puxa - o para ti. Então, puxou para terra, e o começou a palpitar a seus pés.”
4. Os apócrifos contêm Erros Históricos e Geográficos:
Por exemplo, a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (Tb. 1:15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (Tb.14:15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares. Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes. [Em 2 Macabeus] há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos,que refletem ignorância e confusão.
5. Os apócrifos contêm Heresias:
TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael. Ensina a justificação pelas obras (4:7 - 11; 12:8), mediação dos santos (12:12), superstições (6:5, 7 - 9, 19), e até um anjo que engana Tobias e o ensina a mentir (5:16 a 19).
JUDITE - (150 a.C.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando - o. Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.
BARUQUE - (100 a.D.) – Apresenta - se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. A data é muito posterior, quando da 2ª destruição de Jerusalém, antes de Cristo. Seu principal erro é o ensino da intercessão pelos mortos (3:4).
ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias: justificação pelas obras (3:33,34), trato cruel aos escravos (33:26 e 30; 42:1 e 5),incentiva o ódio aos Samaritanos (50:27 e 28).
SABEDORIA DE SALOMAO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã). Apresenta: o corpo como prisão da alma (9:15), doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma (8:19 e 20), salvação pela sabedoria (9:19).
I MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da família “Macabeus”, que no chamado período ínterbíblico (400 a.C. 3 a.D) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.
II MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação do I Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu. Apresenta: a oração pelos mortos (12:44 - 46), culto e missa pelos mortos (12:43), o próprio autor não se julga inspirado (15:38 - 40; 2:25 - 27), intercessão pelos Santos (7:28 e 15:14).
ADIÇÕES A DANIEL: Cap.13 - A história de Suzana - Nesta lenda Daniel salva Suzana num julgamento fictício de falsos testemunhos. Cap.14 - Bel e o Dragão – Fala sobre a necessidade da idolatria; cap. 3:24 – 90 - o cântico dos 3 jovens na fornalha.
Apostila de Estudos Bíblicos
Fonte: somosdecristo.com.br
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