Os
eruditos bíblicos tradicionais sustentaram que o livro de Jonas registra
acontecimentos que de fato ocorreram na história. Entretanto, devido a seu
estilo literário e à narração de surpreendentes aventuras vividas pelo profeta
Jonas, muitos eruditos da atualidade propõem que não se trata de um livro que
narra fatos reais, mas sim uma história de ficção com o propósito de comunicar
uma mensagem. Os fatos narrados no livro de Jonas realmente aconteceram, ou
não?
Há
uma boa evidência de que os fatos registrados no livro de Jonas são literais e
que aconteceram na vida desse profeta.
Primeiro,
a tendência de negar a historicidade do livro de Jonas provém de um preconceito
contra coisas sobrenaturais. Se é possível o acontecimento de milagres, não há
razão alguma para se negar que o livro de Jonas Seja histórico.
Segundo,
Jonas e seu ministério profético são mencionados no livro histórico de 2 Reis
(14.25). Se sua profecia sobrenatural é mencionada num livro histórico, por que
rejeitar então o aspecto histórico de seu livro?
Terceiro,
o argumento mais devastador contra a negação da precisão histórica do livro de
Jonas é encontrado em Mateus 12.40. Nessa passagem, Jesus prevê a sua própria
morte e ressurreição, e prove aos incrédulos escribas e fariseus o sinal que
eles lhe pediram. O sinal é a experiência de Jonas. Jesus diz: "Porque
assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe,
assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da
terra".
Se
a história da experiência de Jonas no ventre do grande peixe fosse apenas uma
ficção, isso não daria respaldo profético algum ao que Jesus declarava.
O
motivo de Jesus fazer referência a Jonas era que, se eles não acreditavam na
história de Jonas ter estado no ventre do peixe, também não acreditariam na
morte, no sepultamento e na ressurreição de Cristo. Para Jesus, o fato
histórico de sua própria morte, sepultamento e ressurreição tinha a mesma base
histórica de Jonas no ventre do peixe. Rejeitar uma seria o mesmo que rejeitar
a outra (cf. Jo 3.12). De igual modo, se cressem numa dessas bases, teriam de
crer na outra.
Quarto,
Jesus prosseguiu mencionando detalhes históricos significativos. A sua própria
morte, sepultamento e ressurreição era o sinal supremo que atestaria suas
reivindicações. Quando Jonas pregou aos gentios descrentes, eles se
arrependeram. Mas achava-se Jesus na presença de seu próprio povo, do povo de
Deus, e assim mesmo eles recusavam-se a crer. Portanto, os homens de Nínive se
levantariam em juízo contra eles, "porque [os de Nínive] se arrependeram com
a pregação de Jonas" (Mt 12.41). Se os eventos do livro de Jonas fossem
simplesmente parábolas ou ficção, e não uma história real, então os homens de
Nínive na realidade nunca teriam se arrependido, e seu juízo sobre os fariseus
impenitentes seria injusto e indevido. Por causa do testemunho de Jesus,
podemos ter certeza de que Jonas registra uma história real.
Finalmente,
há confirmação arqueológica da existência de um profeta de nome Jonas, cujo
túmulo encontra-se no Norte de Israel. Adicionalmente, foram desenterradas
algumas moedas antigas, com a inscrição de um homem saindo da boca de um peixe.
Livro:
Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia.
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