Em 16 de janeiro de 2002, a Revista Veja trouxe uma matéria de capa intitulada: Traição e Culpa¹. Nesta matéria, a jornalista Daniela Pinheiro, apresenta alguns dados de uma pesquisa sobre traição feita pela antropóloga Mirian Goldenberg, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo a pesquisa, 60% dos homens entrevistados já foram infiéis; e 47% das mulheres entrevistas também já foram infiéis. O resultado apresentado por esta pesquisa é assustador. Pois, a cada 10 homens entrevistados, 6 já cometeram o ato de adultério e , entre mulheres , a cada 10 entrevistadas , 5 também já cometeram adultério. A cada ano cresce o número de casais que se divorciam. E um dos principais motivos por trás do divórcio é a traição. No Brasil, o Código Penal de 1940 classificava o adultério como um crime, punindo os adúlteros com até 6 (seis) meses de reclusão. Apenas em 2005, com a promulgação de Lei 11.106, que alterou diversos artigos do Código Penal de 1940, o adultério deixou de ser considerado um crime, no entanto, continua sendo causa válida para a dissolução do vínculo conjugal, como dispõe o artigo 1.573 do Código Civil Brasileiro².

O adultério não anda sozinho. Ele sempre anda de mãos dadas com todo tipo de imoralidade e perversão sexual. O adultério é pecado. O Deus Eterno assim estabeleceu: não adulterarás (Ê x 20.14). Por gerações, a igreja de Jesus tem militado para anunciar esta verdade a toda sociedade. Porém, há um grupo de pessoas que procura disseminar ainda mais a imoralidade sexual em nosso meio. Tais pessoas fazem uso pleno das principais mídias e redes sociais (sem medir esforços) para destilar seu veneno mortífero. Todo tipo de pecado relacionado à imoralidade sexual, como o adultério, é pecado e uma armadilha nas mãos do Diabo para destruir a família. A igreja de Jesus tem a nobre missão de anunciar a todos os povos o evangelho do Reino. E anunciar o evangelho do Reino de Jesus significa também dizer a todos os homens qual é a vontade de Deus revelada em Sua Palavra. Neste estudo, veremos o que a Bíblia nos ensina acerca deste assunto: Adultério.

DEFINIÇÃO

A palavra adultério vem da expressão latina “adalterumtorum” que significa “na cama de outro (a)”. O termo adultério pode ser usado tanto para definir a infidelidade em um relacionamento entre dois indivíduos em sua forma verbal, ou adjetiva como para se referir a algo que foi “fraudado” ou “falsificado” (adulterar/adulterado). No Novo Testamento, a palavra grega usada para descrever adultério é “moicheuo”, que também traz a mesma ideia do latim. Para o pesquisador bíblico Hans, o adultério significa: “quebrar, alterar, falsificar propositada e conscientemente o estado sadio do amor puro entre pessoas que assumiram publicamente o matrimônio”. Segundo Hans, a Bíblia diferencia duas formas o adultério: mental e corporal. O adultério mental ocorre no coração de uma pessoa quando ela deseja outra pessoa além do seu cônjuge – conforme Jesus ensina no sermão do monte, “Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela” (cf. Mt 5.28) . Já o adultério corporal é a cobiça consumada pelo corpo do (a) transgressor (a) – Jó qualifica este tipo de pecado como crime hediondo (cf. Jó 31. 9 - 11) e Deus, diz que é loucura ( cf. Jr 29.23) – em ambos os casos o adultério é pecado. Deus define o adultério como pecado. O adultério é a desobediência ao sétimo mandamento da Lei divina – “Não adulterarás.” (cf. Êx 20.14). O adultério fere os ideais divinos para a família, a monogamia – “Portanto, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne. ” ( cf. Gn 2.24) .
Nesta desobediência, o (a) transgressor (a), de maneira consciente, afronta o próprio Deus, rompendo os seus votos matrimoniais (firmados perante Deus e seus pais), unindo - se com outra pessoa além do seu cônjuge.

O ADULTÉRIO NO ANTIGO TESTAMENTO

Mesmo antes de os Dez Mandamentos serem entregues ao povo de Deus por intermédio de Moisés, os patriarcas já tinham consciência de que o adultério era pecado (cf. Gn 39.9) – esta passagem bíblica narra José do Egito recusando - se a aceitar o assédio sexual da esposa de Potifar. Jó disse que o adúltero aguarda o crepúsculo para se esconder e encobrir os seus pecados (Jó 24.15). Por isso Jó, em sua defesa, diz a os seus amigos que havia feito um acordo com os seus olhos para não cobiçar moça alguma (Jó 31.1) . A partir da entrega dos Dez Mandamentos, Deus documenta, ou seja, Deus dá ciência para o seu povo , que já era consciente, daquilo que Ele abomina como pecado , inclusive o adultério. A pena para o adultério, no Antigo Testamento, era a morte.

Se um homem cometer adultério com a mulher de outro homem, com a mulher do seu próximo, tanto o adúltero quanto a adúltera terão que ser executados. Se um homem se deitar com a mulher do seu pai, desonrou seu pai. Tanto o homem quanto a mulher terão que ser executados, pois merecem a morte. Se um homem se deitar com a sua nora, ambos terão que ser executados. O que fizeram é depravação; merecem a morte (Levítico 20.10 - 12). Quando uma mulher do povo de Israel fosse suspeita de ter cometido adultério, ela era obrigada a passar pelo ritual da Água Amarga. Então o
Senhor disse a Moisés: "Diga o seguinte aos israelitas: Se a mulher de alguém se desviar e lhe for infiel, e outro homem deitar - se com ela, e isso estiver oculto de seu marido, e a impureza dela não for descoberta, por não haver testemunha contra ela nem tiver ela sido pega no ato; se o marido dela tiver ciúmes e suspeitar de sua mulher, esteja ela pura ou impura, ele a levará ao sacerdote, com uma oferta de um jarro de farinha de cevada em favor dela. Não derramará azeite nem porá incenso sobre a farinha, porque é uma oferta de cereal pelo ciúme, para que se revele a verdade sobre o pecado. O sacerdote trará a mulher e a colocará perante o Senhor. Então apanhará um pouco de água sagrada num jarro de barro e colocará na água um pouco do pó do chão do tabernáculo. Depois de colocar a mulher perante o Senhor, o sacerdote soltará o cabelo dela e porá nas mãos dela a oferta memorial, a oferta pelo ciúme, enquanto ele mesmo terá em sua mão a água amarga que traz maldição. Então o sacerdote fará a mulher jurar e lhe dirá: Se nenhum outro homem se deitou com você e se você não foi infiel nem se tornou impura enquanto casada, que esta água amarga que traz maldição não lhe faça mal. Mas, se você foi infiel enquanto casada e se contaminou por ter se deitado com um homem que não é seu marido — então o sacerdote fará a mulher pronunciar este juramento com maldição — que o Senhor faça de você objeto de maldição e de desprezo no meio do povo fazendo que a sua barriga inche e que você jamais tenha filhos. Que esta água que traz maldição entre em seu corpo inche a sua barriga e a impeça de ter filhos. Então a mulher dirá: ‘Amém. Assim seja’ [...]”.

Se a suspeita se confirmar ou não, o marido estará inocente, mas a mulher sofrerá as consequências da sua iniquidade (Números 5.11 - 22 e 31). O historiador, Dr. Rops, diz que a definição de adultério para a mulher não era a mesma que era para o homem. Toda mulher infiel deveria ser considerada adúltera, porque ela quebrara a lei do Altíssimo, sendo falsa para com o marido, dando - lhe como herdeiro um filho que não era seu, e se contaminou. Os interesses da família exigiam a mais severa punição do adultério da mulher; mas a infidelidade do marido, por outro lado, não era tão enfatizada, desde que a sua má conduta não tinha efeito sobre a família. O adultério masculino só era crime se ele seduzisse uma mulher que estivesse noiva ou fosse casada, porque, então, estaria prejudicando a família de outrem.

Porém, com o passar dos anos, sob a influência negativa das nações vizinhas, e principalmente, a rebeldia da nação de Israel, pecados relacionados à perversão e a imoralidade sexual deixaram de ser vistos pelo povo de Deus como algo grave e que desagradava a Deus. Por isso, encontramos muitas vezes Deus se dirigindo à nação de Israel com termos duros, como: prostituta (Is 1. 21; Os 9.1) ; corruptos (Is 1.4) ; duros de coração (Jr 9.14) ; infiéis (II Cr 30.7) ; loucos (Ez 13.3). É interessante notar que Deus emprega a figura do adultério para se dirigir à nação de Israel : Deus expressa o sentimento de um marido fiel e amoroso que foi traído por sua esposa e que está disposto a lhe perdoar e restaurar o seu casamento com ela . Deus usou a vida d o profeta Os e ias para demonstrar esta verdade. Deus ordenou que ele se casasse com um a prostituta, lhe desce dignidade e amor , porém depois de ela receber tudo isto, ela o abandona e volta para a vida de prostituição de outrora , e mesmo assim, Os e ias continuou amando e indo atrás dela para se reconciliar e restaurar o seu casamento – ( Os 1 - 14). 3. O

ADULTÉRIO NO NOVO TESTAMENTO

Nos dias de Jesus, alguns rabinos chegavam a comparar o adultério ao crime supremo do ateísmo. Por causa de uma visão corrompida da figura feminina dentro da criação divina, alguns líderes
religiosos, nos dias de Jesus, se recusavam a falar em público com as mulheres – tudo para evitar qualquer tipo de difamação que causasse algum prejuízo a ele, o homem. Naqueles dias, falar com um ser feminino era proibido porque, ao falar, era necessário olhar para mulher. Olhar para uma mulher, porém, era pecado, inclusive olhar para seus vestidos coloridos. Havia um grupo entre os fariseus que para não terem de, por engano, olhar para uma mulher, sempre andavam pelas ruas com os olhos semicerrados. Por se machucarem frequentemente nesse procedimento, esse grupo se denominava “os fariseus da perda de sangue”. Tantos esforços para evitar olhar para uma mulher partiam do ponto de vista de que a mulher era apenas um ser sexual que seduzia o homem para o pecado. Por iss o, os discípulos ficaram chocados quando viram Jesus sentado num poço conversando com uma mulher samaritana (Jo 4.27). Jesus condena a prática do adultério (Mt 5.27 - 32). Rops diz que Jesus iria condena r o adultério sob um ponto de vista inteiramente diverso – considerando - o como uma contaminação da alma e um prejuízo à vida interior muito mais do que algo prejudicial aos interesses familiares. Jesus não veio abolir a Lei, mas cumpri - lá (Mt 5.17). Em João capítulo oito (relato da mulher apanhada em adultério), Jesus não abol iu a Lei do adultério, que prevê a morte dos culpados por tal pecado (Lv 20.10). Naquele episódio, observa - se que:

1. Os líderes judeus queriam pôr Jesus à prova;

2. Apenas uma das partes envolvidas no adultério foi apresentada a Jesus ;

3. Eles interpretaram a Lei erroneamente – “Moisés nos ordena que tais mulheres sejam apedrejadas” (v.5); a Lei diz: “Se um homem cometer adultério com a mulher de outro homem, com a mulher do seu próximo, tanto o adúltero quanto a adúltera terão que ser executados” (Lv 20.10).

4. A vítima – no caso o homem ou a família que sofreu o dolo - não se manifestaram;

5. Jesus diz à mulher: “Vá e não peques mais” (v.11). Ao exemplo do Antigo Testamento, em que Deus emprega muitas vezes a palavra adultério para se referir à apostasia da nação de Israel, no Novo Testamento, Deus usa a palavra grega porneia (que envolve vários pecados de imoralidade sexual) para chamar a atenção dos crentes em Jesus quanto ao seu comportamento (cf. Tg 4.4; I Co 6.15 - 16). Os adúlteros fazem parte da lista daqueles que não herdarão o Reino de Deus. Nas Escrituras, os termos fornicação e adultério são sinônimos, e muitas vezes são empregados alternadamente. O mesmo se dá com outros termos bíblicos, tais como “alma” e “espírito”, “reino de Deus” e “reino dos céus”. O significado específico é muitas vezes determinado pelo contexto. No hebraico e no grego, a palavra fornicação abrange incesto, sodomia, prostituição, perversão e todos os pecados sexuais, cometidos tanto antes como depois do casamento. Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus. (Gálatas 5 .1 9 - 21 ) Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. (1 Coríntios 6.9 - 10 ) Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte. (Apocalipse 21 . 8 ) Fora ficam os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira. (Apocalipse 22 . 15 )

ADULTÉRIO VIRTUAL

Com o advento da internet e das redes sociais, a humanidade começou a desfrutar de uma nova forma de relacionamento, o virtual. Através do relacionamento virtual as pessoas nutrem amizades, fazem contatos com os familiares e amigos distantes, transações comerciais, estudam, trabalham, compram, vendem etc. Mas também, através destes mecanismos de comunicação digital, muitas pessoas têm descoberto novas formas para promover o pecado. Uma delas, talvez a mais recorrente, seja o adultério virtual. O adultério virtual ocorre quando uma pessoa casada ou compromissada com outra nutre algum tipo de relacionamento íntimo com outra pessoa além do seu cônjuge. Este tipo de comportamento é pecado. Jesus disse: “todo aquele que olhar com desejo para uma mulher já cometeu adultério com ela no coração” (Mt 5.28). Outra forma que o inimigo usa para que homens e mulheres cedam ao adultério virtual é a pornografia. Em nossos dias, um grande desafio que temos como igreja é lutar contra a pornografia. A luta contra a pornografia é tanto individual como coletiva. Individual porque eu tenho que me posicionar e dizer NÃO. E coletiva porque a pornografia atinge todas as camadas da sociedade; logo, devo me unir a outras pessoas que estão lutando contra este mal para, juntos, dizemos NÃO À PORNOGRAFIA. A pornografia é a porta de entrada para o adultério.
A Revista Galileu publicou uma matéria, em 2010, sob o título: O Pornô no Gráfico, os jornalistas Denise Dalla Colletta e Alexandre Affonso apresentaram dados assustadores do impacto que a indústria pornográfica está produzindo no mundo. Os dados são:

• 97 bilhões de dólares – foi o lucro da indústria pornográfica no ano de 2006 – cerca de R$ 22 3 bilhões;

• A cada segundo, são gastos US$ 3.075,64 = R$ 7.703.97;

• 28.258 internautas veem pornografia a cada segundo;

• 15 minutos é a média de tempo que uma pessoa gasta vendo conteúdo pornográfico na rede;

• 35% de todos os downloads feitos na internet são de material pornográfico;

• Estima - se que 20% da pornografia on-line envolvam crianças;

• 43% dos internautas afirmam assistir a material pornográfico na internet – 1 em cada 3 é mulher;

• 10% dos consumidores de pornografia afirmam serem viciados nisso;

• As palavras “sex” e “ porn ” – estão entre as cinco palavras mais buscadas por menores de 18 anos no Google;

• No Brasil, no ano de 2006, foram gastos US$ 10 milhões em pornografia, uma média de US$ 20,00 por pessoa – R$ 46 ,00;

• Todas as noites , a rede 3G no Japão fica congestionada devido ao trânsito de material pornográfico pelos celulares;

• Por ano, são lançados cerca de 20.000 filmes pornográfico s – Um filme a cada 39 minutos;

• 15 novos casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST) são detectados em atores e atrizes pornôs nos EUA a cada semana.
Outros dados sobre a pornografia e seus efeitos:

• 2,5 bilhões é a quantidade de e - mails enviados por dia com conteúdo pornográfico – fonte : Revista Cristianismo Hoje;

• 2,5 milhões de mulheres são vendidas a cada ano – vítimas do abuso sexual;

• Cinema Nacional – no ano de 2013, o filme De Pernas para o Ar 2 levou cerca de 4 milhões de brasileiros às salas de cinema e arrecadou R$ 44 milhões;

• Literatura – A trilogia 50 Tons de Cinza, da escritora E. L. James, apelidado de “Pornô para
Mamãe”, já vendeu 70 milhões de cópias no mundo. Estima - se que tenha gerado US$ 440 milhões;

• Vestuário – A grife Italiana Giorgio Armani optou por vender produtos eróticos da OhMibod;

• O grupo Wal-Mart entrou no segmento de venda s de produtos eróticos;

• A Amazon (loja virtual) entrou no segmento em 2005 com 37 mil itens eróticos. Hoje, o site oferece mais de 60 mil itens – com direito à caixa discreta;

• Segundo a Abeme (Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico) , fundada em 2002, 76% do público nas butiques sensuais são mulheres;

• Aplicativos – vários aplicativos de celular para pessoas que deseja m sexo casual e sem compromisso estão sendo lançados a cada ano;

• O mercado erótico está se adaptando para atingir o consumidor evangélico. Segundo matéria do jornal Folha de São Paulo, de 01/09/2013, uma vendedora de loja de artigos eróticos diz que 1 em cada 4 clientes é evangélico ;

• No ano de 2013, o Governo Federal gastou cerca de R$ 2.000.000,00, para uma campanha publicitária em favor do dia Internacional da Prostituta. Foi Deus quem criou o sexo. Lopes diz que o sexo é bom, visto que tudo o que Deus fez foi avaliado por ele mesmo e recebeu nota máxima.
O sexo tem três propósitos básicos: procriação (Gn 1.28), unificação (Gn 2.24) e prazer (Pv 5.18,19). Deus criou o sexo para que fosse praticado pelo casal (um homem e uma mulher) dentro do contexto do casamento. O Diabo por sua vez, ao longo da história, tem feito de tudo para perverter aquilo que Deus criou de forma pura e bela. O Diabo sabe que do coração do homem provém todas as coisas. Por isso, ele insere no coração do homem muitas ilusões para o desviar dos santos e retos caminhos de Deus. Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’ Marcos 7:21-23 .

C. S. Lewis comparou a sociedade obcecada por sexo a uma sociedade hipotética na qu al as pessoas pagavam um bom dinheiro para ver um prato coberto sobre a mesa. Na hora marcada e ao rufar dos tambores, a tampa é levantada muito devagar e o objeto embaixo dela é exposto ao olhar dos circunstantes. Para grande deleite de todos, revela - se uma costela de porco. Lewis chega à conclusão de que há algo de muito errado numa sociedade obcecada pela comida. Do mesmo modo, há algo muito errado numa sociedade tão obcecada pelo sexo. A pornografia é pecado. O neuropsiquiatra Dr. Curt diz que, d a perspectiva da neurociência, o pecado reflete - se profundamente no grau em que nossa mente está desintegrada, ou, na linguagem de Paulo, depravada. [...] Quando prestamos atenção na nossa mente, podemos começar a interromper a desintegração e adotar os atos de confissão e arrependimento que levam à redenção. A pornografia é um dos veículos que o Diabo usa para tentar macular o nosso coração. Jesus é a cura para todas as nossas enfermidades. Por isso, precisamos nos apropriar das palavras de Jesus: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará . [...] Portanto, se o Filho vos libertar, vocês de fato serão livres" (Jo 8.32 , 36).

PRINCIPAIS CAUSAS DO ADULTÉRIO

Estímulos ambientais: nossa cultura, saturada de sexo , estimula as pessoas a pensarem em sexo e a buscar a satisfação sexual hedonista. Estes estímulos podem ser observados: .

a. Na atmosfera social;
b. Na praticidade sexual;
c. Nos valores liberais;
d. Na educação imprópria.

Pressão interna: O ambiente torna mais fácil ceder à tentação sexual, mas a verdadeira fonte dos problemas está dentro da mente do indivíduo. Essas pressões internas do “coração” incluem o seguinte:

a. Curiosidade;
b. Fantasia descontrolada;
c. A busca por identidade e autoestima;
d. A busca por intimidade e proximidade;
e. Fuga ou rebeldia;
f. Pensamento distorcido;
g. Influência demoníaca.

OS EFEITOS DO ADULTÉRIO

Os efeitos do adultério na vida de uma pessoa são terríveis. Todos os membros da família sofrem por causa deste pecado. Os efeitos mais comuns são:

Emocionais: culpa, ciúme, medo, ansiedade, insegurança, autocondenação, raiva e depressão ; Interpessoais: destruição da família; divórcio; perda do ministério; abando e/ou afastamento por parte de relacionamentos pessoais;

Físicos: DST e AIDS; gravidez indesejada;

Comportamentais: caráter – a pessoa começa a mentir e a viver uma mentira, rotina para nutrir o relacionamento extraconjugal;

Espirituais: perda da comunhão com Deus (Jo 8.34, 1 Pe 3.7); insensibilidade para as verdades espirituais – mente cauterizada (1 Tm 4.2).

A IGREJA E A IMORALIDADE SEXUAL

A igreja não é um local de pessoas perfeitas. A igreja é um local em que homens pecadores foram lavados e remidos pelo sangue de Jesus. Por isso, a igreja de Jesus deve:

• Amar a todas as pessoas;     
• Falar sobre o pecado da imoralidade sexual e suas consequências;
• Lutar contra todo tipo de pecado que envolva imoralidade sexual – (Ef 6.10 - 20);
• Ajudar pessoas feridas pelo adultério;
• Acolher os adúlteros – e apontar para eles a salvação que há em Jesus – (Ef 2.1 - 10);
• Viver em santidade.

CONCLUSÃO

É tempo de a igreja acordar e se posicionar em Jesus. Desde o jardim do Éden, a família tem sido alvo dos ataques infernais do inimigo. O Diabo tem trabalhado arduamente todos os dias do ano para destruir as nossas famílias. E uma das formas que ele mais tem usado ao longo da história para destruir as famílias é o adultério. Não podemos olhar estatísticas, como a da Dra. Miriam, da UFRJ, que constatou que 60% dos homens entrevistados já cometeram adultério e 47% das mulheres também, e achar que isto faz par te da humanidade. Não! Isto não faz parte da humanidade ou não deveria fazer. Não podemos achar que isto é normal. Precisamos falar que o ideal de Deus para a humanidade é o casamento heterossexual, monogâmico e indissolúvel. O adultério é pecado, e como diz Lopes, “o adultério é um prazer imediato que produz um tormento permanente 17 ”. Neste sentido, a igreja de Jesus tem uma dupla missão: ela deve alertar que todo tipo de perversão e imoralidade sexual é pecado contra Deus; e também deve cuidar dos feridos pelo adultério. “O que adultera com uma mulher não tem entendimento; quem age assim destrói a si mesmo”. Provérbios 6.32 17 LOPES, Hernandes Dias. Gotas de Alegria para a Alma. Ed. Hagnos. São Paulo, 2013.

Fonte: http://prgimenez.dominiotemporario.com/doc/ADULTERIOPRFERNANDO.pdf

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