A “Árvore da Vida” é um dos elementos presentes na descrição que o livro do Gênesis dá do jardim em Éden (2,8 seguintes). A palavra Éden, em hebraico, significa “jardim”. A primeira tradução da Bíblia em grego, a Setenta, traduziu esse termo como “paraíso” e até hoje identificamos “éden” com “paraíso”. Mas essa identificação não deriva da Bíblia. Éden parece efetivamente ser uma região geográfica no livro da Gênesis, mas a sua localização não conhecemos. Alguns exegetas dizem que pode ser comparado à expressão assíria “bit adini”, que significa a região fértil às margens do rio Eufrates. Porém provavelmente a concepção hebraica faz referência à “delícia”, que tem como raiz a palavra hebraica “‘dn”, a mesma raiz. Nos outros livros bíblicos o Éden é o oposto ao deserto e à estepe e é o jardim de Deus (Ezequiel 28,13; 31,9; Isaías 51,3).
No Éden existem duas árvores: a “da vida”, que está no meio do jardim, e a “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Em Gênesis 2,16-17 Deus diz ao homem: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres terás que morrer”.
A interpretação da “árvore da vida, que está no meio do jardim” deve ser iluminada por Gênesis 3,22. Depois do pecado, YHWH diz: “Se o homem já é como um de nós, versado no bem e no mal, que agora ele não estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma e viva para sempre”. Portanto a árvore da vida dá a vida eterna.
A mensagem fundamental dos primeiros capítulos do Gênesis é que o ser humano é criatura de Deus. O autor consegue transmitir essa verdade não com conceitos abstratos, como talvez estamos acostumados a fazer e escutar hoje em dia, mas de forma muito concreta, palpável. Gênesis diz que o ser humano não é Deus, embora seja criado à sua imagem e semelhança. Comendo da “árvore do bem e do mal” adquire uma característica atribuída a Deus, a capacidade de discernir entre o que é bem e o que é mal. Outra característica atribuída a Deus é a vida eterna. Se o ser humano ganhasse também a vida eterna poderia se iludir e pensar definitivamente que fosse ele mesmo Deus. Invés a morte para o ser humano é importante, pois graças a ela fica evidente a situação humana, de criatura. O ser humano é, então, expulso do Éden para evitar que se engane, pensando que é Deus, ao comer da árvore da vida.
Durante toda a Bíblia esse tema ficou ‘adormecido’, mas a literatura apocalíptica o ressuscitou (sobretudo 4 Esdras). Além de aparecer nos apocalipses dos judeus, é presente também no Apocalipse de João. De fato, um dos últimos versículos da Bíblia fala da ‘árvore da vida’ (22,19) que forma, dessa maneira, uma moldura para a Bíblia, pois o tema está presente no início e no fim do livro sagrado.
O Apocalipse promete a “árvore da vida” como prêmio ao “vencedor” (2,7): “Ao vencedor, conceder-lhe-ei comer da árvore da vida que está no paraíso de Deus.” O termo usado em grego é “xulon”, que pode ser traduzido, além de árvore, como “ lenho”. Em prática, aquilo que Gênesis proíbe a Adão, o Apocalipse promete ao “vencedor”. Essa promessa só é possível graças à morte de Jesus Cristo, no “lenho” da cruz. João, então, vê na cruz a ‘árvore da vida’, que dá vida.
A segunda parte da sua pergunta, sobre os livros que falam de Jesus, é um tema mais amplo e merece um livro. Muitos exegetas fazem uma leitura cristológica do Antigo Testamento e sublinham que muitas histórias e sobretudo profecias são um anúncio da vinda de Cristo. Dessa forma vêem freqüentes referências a Jesus. Para citar dois exemplos um pouco extremos, um menos evidente e outro mais: alguns dizem que quando Samuel unge Davi em 1Samuel 16, em Belém, é um anúncio do nascimento de Cristo naquela cidade; em Miquéias 5,1-3 lemos: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo”. Esse texto é citado por Mateus como um anúncio do nascimento de Cristo na cidade de Belém (Mateus 2,5).
Existem tantos outros exemplos como estes do Antigo Testamento que são tidos, seja pelo próprio Novo Testamento ou por interpretações posteriores, como claras referências a Jesus.
Fonte: http://www.abiblia.org/ver.php?id=463
No Éden existem duas árvores: a “da vida”, que está no meio do jardim, e a “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Em Gênesis 2,16-17 Deus diz ao homem: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres terás que morrer”.
A interpretação da “árvore da vida, que está no meio do jardim” deve ser iluminada por Gênesis 3,22. Depois do pecado, YHWH diz: “Se o homem já é como um de nós, versado no bem e no mal, que agora ele não estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma e viva para sempre”. Portanto a árvore da vida dá a vida eterna.
A mensagem fundamental dos primeiros capítulos do Gênesis é que o ser humano é criatura de Deus. O autor consegue transmitir essa verdade não com conceitos abstratos, como talvez estamos acostumados a fazer e escutar hoje em dia, mas de forma muito concreta, palpável. Gênesis diz que o ser humano não é Deus, embora seja criado à sua imagem e semelhança. Comendo da “árvore do bem e do mal” adquire uma característica atribuída a Deus, a capacidade de discernir entre o que é bem e o que é mal. Outra característica atribuída a Deus é a vida eterna. Se o ser humano ganhasse também a vida eterna poderia se iludir e pensar definitivamente que fosse ele mesmo Deus. Invés a morte para o ser humano é importante, pois graças a ela fica evidente a situação humana, de criatura. O ser humano é, então, expulso do Éden para evitar que se engane, pensando que é Deus, ao comer da árvore da vida.
Durante toda a Bíblia esse tema ficou ‘adormecido’, mas a literatura apocalíptica o ressuscitou (sobretudo 4 Esdras). Além de aparecer nos apocalipses dos judeus, é presente também no Apocalipse de João. De fato, um dos últimos versículos da Bíblia fala da ‘árvore da vida’ (22,19) que forma, dessa maneira, uma moldura para a Bíblia, pois o tema está presente no início e no fim do livro sagrado.
O Apocalipse promete a “árvore da vida” como prêmio ao “vencedor” (2,7): “Ao vencedor, conceder-lhe-ei comer da árvore da vida que está no paraíso de Deus.” O termo usado em grego é “xulon”, que pode ser traduzido, além de árvore, como “ lenho”. Em prática, aquilo que Gênesis proíbe a Adão, o Apocalipse promete ao “vencedor”. Essa promessa só é possível graças à morte de Jesus Cristo, no “lenho” da cruz. João, então, vê na cruz a ‘árvore da vida’, que dá vida.
A segunda parte da sua pergunta, sobre os livros que falam de Jesus, é um tema mais amplo e merece um livro. Muitos exegetas fazem uma leitura cristológica do Antigo Testamento e sublinham que muitas histórias e sobretudo profecias são um anúncio da vinda de Cristo. Dessa forma vêem freqüentes referências a Jesus. Para citar dois exemplos um pouco extremos, um menos evidente e outro mais: alguns dizem que quando Samuel unge Davi em 1Samuel 16, em Belém, é um anúncio do nascimento de Cristo naquela cidade; em Miquéias 5,1-3 lemos: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo”. Esse texto é citado por Mateus como um anúncio do nascimento de Cristo na cidade de Belém (Mateus 2,5).
Existem tantos outros exemplos como estes do Antigo Testamento que são tidos, seja pelo próprio Novo Testamento ou por interpretações posteriores, como claras referências a Jesus.
Fonte: http://www.abiblia.org/ver.php?id=463
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